Campus e Comunidade

Jornadas de Engenharia do Ambiente apostam em reduzir pegada ecológica

Além de um programa com diversas palestras, esta edição das JEAMB assinalou também os 25 anos do curso no Técnico.

Mais do que pensar ou falar, a comissão organizadora da X edição das Jornadas de Engenharia do Ambiente( JEAmbi), que decorreram na passada quinta e sexta-feira, 7 e 8 de março, quis agir na prevenção do ambiente. E a principal inovação das JEAmbi passaram exatamente por aí, como explica Patrícia Santos, presidente da comissão: “Os coffee breaks são momentos obrigatórios neste tipo de eventos e por isso esforçamo-nos para que nos mesmos tudo fosse ecológico e que também estes combinassem com o nosso programa”. Pratos biodegradáveis, copos compostáveis, palhinhas comestíveis e sacos de pano são assim alguns dos exemplos com que estes alunos pretendem dar o exemplo ao longo destas jornadas.

Além da mudança de logótipo, a organização optou também – e “como forma de atrair mais participantes” – por centrar os painéis em temas atuais e diversos.  Assim a manhã do primeiro dia, 7 de março, foi dedicada à temática dos “Resíduos: Gestão e Ambiente”, com dois painéis distintos que desvendaram estratégias e projetos em torno do assunto. “Apesar de estarmos no início do primeiro dia já tivemos muita gente a passar por aqui e isso é ótimo, em muito graças ao painel interessantíssimo que importa a várias áreas”, afirmava em jeito de balanço Patrícia Santos.

O engenheiro António Lorena, Managing Partner da 3 drivers, foi um dos convidados do primeiro dia e presenteou a audiência com uma abordagem simples e direta em torno da economia circular. “Este é um conceito que andamos a ouvir muito, mas nem sempre de forma acertada”, começava por evidenciar.  Apontando as abordagens concretas que concretizam o conceito de economia circular e algumas estratégias para o conseguir aplicar, o orador ia referindo que o “principal desafio quando falamos de economia circular é a prevenção”. “A ideia da economia circular não é recente, nem realmente inovadora, é o resultado de uma escassez que existe em certa altura de determinado recurso”, assinalava o engenheiro António Lorena, evidenciando ainda que é “a pressão ambiental um dos motivos que tem trazido esta questão à baila”. Apontando algumas áreas críticas que poderão fazer a diferente numa verdadeira economia circular, o orador concluía reiterando que “as marcas que fazem promoção da sustentabilidade continuam muito aquém daquilo que se poderia fazer”.

Um dos pontos altos deste programa das JEAmbi foi a celebração dos 25 anos do curso de Engenharia do Ambiente no Técnico, um marco que a organização fez questão de assinalar com um painel que juntou vários antigos alunos cujo percurso notável e diverso ajudou a inspirar a audiência. “Era importante para nós celebrarmos o 25.º aniversário e através deste painel quisemos mostrar que seguir Engenharia do Ambiente pode originar uma carreira diversa que não termina necessariamente a trabalhar numa ETAR ou ir para uma consultora”, referia Patrícia Santos. “Ao convidarmos antigos alunos quisemos também homenagear o percurso que têm feito, e de certa forma mostra-lhes que estamos a prosseguir o caminho que eles começaram”, acrescentava de seguida a presidente da comissão organizadora das JEAmbi, visivelmente feliz com o resultado obtido.