Centenas de crianças, jovens, antigos alunos, professores, investigadores e funcionários participaram nas dezenas de atividades promovidas pelos departamentos do Técnico no programa ‘Keep in Touch 2019’ (KIT).
“Ser engenheiro é inventar coisas para ajudar outras pessoas”, diz convicta Inês Sinogas, 9 anos. “Inventar é algo que todas as pessoas do mundo deviam fazer muitas vezes”, acrescenta Gabriel Quaresma, 8 anos. Os dois estão sentados no chão de uma das salas do Departamento de Engenharia Informática (DEI) do Técnico a programar “um robô para quando bater na parede ter a inteligência de virar”. Estas são apenas duas das centenas de crianças e jovens que participaram nas dezenas de atividades promovidas pelos departamentos do Técnico no programa ‘Keep in Touch 2019’, o encontro anual da comunidade do Técnico, que decorreu no final da tarde do dia 23 de maio.
Muitos deles já colocam a engenharia como uma opção de futuro. “Gosto de programar, controlar robôs e fazer coisas técnicas e por isso ser engenheira é uma hipótese”, diz Maria Inês, 10 anos. Está a programar um robô de Lego no DEI sob o olhar atento e orgulhoso da mãe, Inês Eusébio, antiga aluna de Matemática Aplicada e Computação do Técnico. “É sempre bom chegar ao Técnico e ver o ambiente. Muita coisa mudou. O Técnico evoluiu bastante não só nas instalações, como nas atividades e parcerias. O facto de ter muita gente a falar noutras línguas é muito positivo porque abre o mindset dos nossos estudantes. O Técnico está a dar os passos certos para fazer crescer e ter bons engenheiros em Portugal e no estrangeiro”, afirma Inês Eusébio que trabalha na Everis, empresa parceira do Técnico.
“Senti-me em casa”, diz Inês Luís da Siemens que terminou o curso de Engenharia Química há 14 anos. Veio ao Técnico com o marido, antigo aluno de Engenharia e Gestão Industrial e com os seus dois filhos que estavam fascinados a experimentar os carros do PSEM e da Formula Student.
As vocações são definidas desde muito cedo. “Quando for grande quero estudar informática como a mãe”, diz Ana Silva, 8 anos, filha da professora Inês Lynce.
Engenharia Aeroespacial é o curso que Guilherme Dias, 15 anos, gostava de seguir. Veio na companhia dos pais, Elizabete Toco e João Dias, antigos alunos de Engenharia Mecânica e Engenharia Civil. “É um regresso a casa”, dizem satisfeitos por verem o seu filho pensar em estudar na escola onde se formaram.
Da longa lista de experiências disponíveis, João Marçal, 9 anos, escolheu “a montagem dos legos que parece ser muito giro”. “Um jogo de resistência das estruturas de Lego numa mesa Sísmica” foi a atividade promovida pelo Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos.
Programar drones, interagir com robôs sociais e experimentar os carros da Fórmula Student e do PSEM foram algumas das experiências que fizeram as delícias dos mais pequenos.
Uma tarde de festa com muitas outras atividades disponíveis: descobrir bactérias que brilham no fundo do oceano no Departamento de Bioengenharia; participar no “blind test” de morangos irradiados e não irradiados no Departamento de Engenharia e Ciências Nucleares; realizar atividades de prototipagem a partir de material reciclado no Departamento de Engenharia e Gestão; provar um gelado feito com nitrogénio líquido no Departamento de Engenharia Química; participar em atividades com origamis e Sudoku gigantes no Departamento de Matemática; ver uma Câmara de Faíscas a detetar Raios Cósmicos no Departamento de Física.
Às 19h00 todos se dirigiram ao Pavilhão Central atraídos pela música do Carrilhão de Ana Elias, alumna de Engenharia de Minas. Um concerto que fez questão de dedicar ao seu departamento. Um conjunto de sinos transportados num grande camião foi uma das sensações da tarde. Mas afinal porque é que tantos engenheiros se dedicam à música? “A música é matemática e por isso as nossas mentes estão mais abertas para estas artes”, responde Ana Elias.
Depois do concerto foi a vez de uma fotografia de família tirada por um drone. Seguida de um brinde ao aniversário dos 108 anos do Técnico.
“Espero que se tenham divertido neste regresso a uma escola que os marcou para a vida”, afirmou Arlindo Oliveira, presidente do Técnico. E a festa continuou com a atuação das tunas.