Quatro equipas compostas por estudantes, investigadores e professores. Quatro unidades de investigação e quatro projetos distintos, cada um com o seu propósito. O resultado de um trabalho intenso desenvolvido ao longo de 12 semanas foi apresentado na passada quarta-feira, dia 8 de junho, no Museu de Engenharia Civil, através do programa de aceleração de inovação Lab2Market@Tecnico.
Os candidatos tiveram a oportunidade de receber consultoria e formação dada por consultores especializados em inovação, NTT Data / i-deals, com o objetivo de encontrar a melhor forma de valorizar as suas tecnologias. A apresentação final contou com a moderação de Pedro Amaral, vice-presidente do Técnico e responsável pelas Ligações Empresariais e Operações, numa apresentação de cerca de 20 minutos para cada projeto.
O evento iniciou-se com uma breve apresentação por parte de um representante da i-deals, que explicou o objetivo do programa e como é feita a integração das ideias em contexto real, um processo que envolve diversas fases, desde a validação e avaliação da ideia até à mudança de um mindset de ideia para o mindset de negócio.
O projeto Hash Game Store by Junitec abriu a sessão com um pitch liderado por Leandro Duarte e Joana Alves, dois alumni do Técnico, que em representação da restante equipa, falaram das potencialidades de uma plataforma que permite aos jogadores revenderem os seus jogos através da tecnologia blockchain (um sistema seguro para transações online) e NFT (que certifica a posse de algo). O projeto atua com base num paradigma de download descentralizado e peer-to-peer (em que cada computador atua como servidor), o que anula tanto os custos de distribuição de download como o risco de perder o acesso à biblioteca de videojogos.
Seguiu-se Francisco Calisto com a apresentação do projeto BreastScreening-AI, desenvolvido em conjunto com um docente do técnico e em colaboração com o Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), e que se propõe a diminuir a realização de biópsias desnecessárias para a deteção do cancro da mama, através de um sistema que utiliza a Inteligência Artificial para ajudar no diagnóstico, atenuando o erro clínico na interpretação dos Raios-X.
O projeto Polyeva Resins foi apresentado por Mário Garrido, em representação da sua equipa, em colaboração com o Instituto de Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade (CEris) para o desenvolvimento de novas resinas de poliéster parcial ou quase totalmente derivados de recursos renováveis ou sustentáveis. Estas resinas poderão ser aplicadas em produtos utilizados na aviação, em engenharia naval, energia eólica, construção, indústria automóvel, entre outros, reduzindo substancialmente o impacto ambiental causado pelos plásticos não sustentáveis.
Laurinda Areias e Tiago Martins terminaram a ronda de apresentações com o projeto PhotoniCoatings, em parceria com o Centro de Química Estrutural (CQE), com a apresentação de uma solução para o desvanecimento da cor, numa solução para diminuir a necessidade de repintura de superfícies, devido à fotodegradação do pigmentos causados pelos raios UV degradantes do Sol.
Entre cada apresentação existiram breves instantes dedicados a perguntas e respostas ao painel. No final, houve ainda espaço para questões mais gerais por parte da audiência, num evento que uniu uma série de projetos que preveem encontrar soluções para questões muito concretas em cenário real.