Promover o encontro entre potenciais recrutadores e candidatos é o propósito que, ano após ano, leva a Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST) a concentrar esforços na organização da JobShop. As circunstâncias obrigaram a que a 33.ª edição do evento tivesse que se realizar em formato virtual, mas a organização tudo fez para cumprir a tradição e fazer da JobShop uma mais-valia para ambas as partes, potenciando o contacto entre o talento e as empresas, e preparando os alunos para um salto mais eficaz para o mercado de trabalho.
Bárbara Oliveira, coordenadora desta 33.ª edição, é a porta-voz de uma equipa que não hesitou em avançar com este formato digital, e explicação para tal é simples: “hoje em dia com todos os meios que temos à nossa disposição e sendo uma faculdade de Engenharia faz todo o sentido ter esta edição online, apesar das adversidades”.
O evento adaptou-se perfeitamente ao novo formato contornado as barreiras físicas existentes, como, aliás, o demonstra o programa. A feira de empresas passou para a plataforma Easy Virtual Fair, os webinars que aconteceriam presencialmente continuaram a ter lugar, mas no palco virtual do evento, e o Pitch Room reforçou a conquista de participantes, iniciada em edições anteriores.
Para atrair a atenção dos alunos, houve também várias novidades, tais como: o Green Space, os debates e as Research Talks. “A primeira atividade destinou-se à exposição de produtos e iniciativas no âmbito da sustentabilidade através da exposição de vídeos e artigos no nosso site”, refere Bárbara Oliveira. “Neste âmbito também tivemos 2 debates, um de universidades sustentáveis e outro no âmbito da sustentabilidade empresarial que contou com vários convidados e com vários CEOs de empresas”, evidencia a aluna. Por sua vez, nas Research Talks os alunos tiveram a oportunidade de falar com vários investigadores de diferentes áreas e conhecer os projetos que estes lideram.
De entre esta panóplia de atividades, Bárbara Oliveira destaca aquela que, na sua opinião, liderou o pódio das mais bem-sucedidas: o Pitch Room. A atividade permite aos alunos simular uma entrevista de emprego em que a empresa dá ao aluno um parecer sobre a sua prestação, e que em muitos casos resulta mesmo numa contratação. “Tivemos empresas muito grandes e reconhecidas mundialmente a participar e o feedback dos alunos também foi bom”, salienta a coordenadora da JobShop. “Eu própria participei enquanto aluna porque sou finalista e posso dizer que foi uma experiência incrível e muito enriquecedora”, confessa.
Ao longo dos três dias do evento, entre 4 e 6 de maio, pelo palco virtual passaram vários nomes ligados ao mundo empresarial, mas não só. Luís Machado, presidente da Região Sul da Ordem dos Engenheiros, Ricardo Mendes, CEO da Tekever, Carlos Gomes, diretor do serviço Digital da NOS, Jeff Lennon, vice-presidente de Vendas Estratégicas e Parcerias Globais na Vision-Box, e Gabriel Correia, diretor de Obra Adjunto no Grupo Casais, foram alguns dos profissionais que se disponibilizaram a narrar os seus percursos, ajudando os alunos do Técnico a perspetivar o futuro.
O formato digital não afetou o interesse das empresas de se aproximarem do talento do Técnico, que como frisa Bárbara Oliveira, “continua a ser reconhecido e muito valorizado no mundo empresarial independentemente dos constrangimentos físicos e da mudança de formato do evento”. “Neste aspeto foi uma surpresa muito boa e é muito bom saber que as empresas continuam interessadas em conhecer-nos”, vinca a aluna.
EDP, EY, PwC, Nowo, Celfocus, Softinsa, The Navigator Company e Accenture foram algumas das 60 empresas presentes na feira virtual de emprego. Nos quatro pavilhões digitais, os alunos tinham oportunidade de conhecer as empresas, perceber que oportunidades estas tinham à disposição ou questionar prazos e procedimentos de recrutamento.
Apesar do investimento no evento e da diversidade de atividades, Bárbara Oliveira confessa que foi notório um “decréscimo nos alunos que participaram na JobShop”, e a organização acredita que isso se deve mesmo ao formato digital. “Temos a noção que é um conceito novo e por este motivo não teve tanta adesão como edições presenciais passadas”, refere a aluna. “De qualquer das formas tivemos cerca de 200 pessoas a passarem pelos stands das empresas”, acrescenta.
“Este é um evento que cresce cada vez mais de ano para ano”, frisa a coordenadora desta edição da JobShop, partilhando a sua convicção de que assim continuará a ser nas próximas edições, com mais e “novas iniciativas e oportunidades para os alunos do Técnico”.