Um ano depois da apresentação das 17 propostas financiadas na 1.ª edição dos Projetos de inovação Pedagógica (PIP) foi altura de reunir as forças envolvidas e fazer o balanço da implementação das ideias. A sessão desta terça-feira, 1 de outubro, reuniu os docentes que encabeçam as ideias inovadoras, os representantes dos órgãos de gestão da Escola e alguns colegas curiosos que demonstraram vontade de se juntar à vaga de inovação.
“Estava a olhar para a lista dos projetos selecionados e a pensar que de facto temos aqui um grande potencial instalado em termos da nossa capacidade de disponibilizar não só ensino e investigação de qualidade, mas também para oferecer ideias novas e ensinar da melhor maneira possível os nossos alunos”, começava por destacar o presidente do Técnico, professor Arlindo Oliveira. Fazendo referência à diversidade de “áreas em que os projetos tocam”, o presidente do Técnico assinalou que esta capacidade de inovar é cada vez mais uma necessidade latente, uma vez que os alunos são cada vez mais exigentes relativamente aos métodos de ensino a que são expostos. “Estes projetos demonstram que queremos acompanhar e dar respostas a essas solicitações e que os nossos docentes estão empenhados em fazê-lo da melhor forma possível”, declarou o professor Arlindo Oliveira.
Depois da intervenção do presidente do Conselho Científico (CC) , professor Luís Oliveira e Silva, igualmente elogiosa para com a iniciativa e a vontade de inovar dos docentes, foi a vez da presidente do Conselho Pedagógico (CP), professora Raquel Aires-Barros, agradecer toda a dedicação dos autores dos projetos, transmitindo a sua curiosidade para perceber “o impacto dos mesmos na mudança do modelo de ensino”. Por fim, a docente partilhava o desejo de que os projetos se mantenham e possam até ser escalados e abertos a toda a comunidade.
Através de apresentações muito reveladoras e em breves minutos, as equipas que lideraram os projetos expuseram o processo de evolução da ideia, as tecnologias que puseram ao serviço dos projetos, as exigências e adversidades que pautaram o processo de desenvolvimento, mas debruçaram-se essencialmente sobre os resultados e o impacto alcançados. Implementados em unidades curriculares dos diversos cursos do Técnico, os vários projetos recorreram à tecnologia ou a metodologias ativas de aprendizagem, fizeram o cruzamento do ensino com o mercado de trabalho ou a inovação social, debruçaram-se sobre a transformação dos processos de avaliação, dos suportes de aprendizagem e dos métodos de trabalho, e incontornavelmente foram uma lufada de ar fresco nos contextos de ensino em que foram aplicados, como o demonstraram os números e o feedback dos envolvidos.
O projeto Laboratório de Inovação Social foi um dos projetos selecionados nesta 1.ª edição dos PIP e o trabalho desenvolvido assim como os resultados conseguidos mostram que o mesmo não se ficará por aqui. Depois de criado o espaço físico do laboratório, os docentes envolvidos no projeto – a professora Ana Carvalho e o professor Miguel Amaral – colocaram o mesmo à disposição dos seus alunos e trataram de arranjar uma rede de parceiros internacional que o permitisse crescer, nomeadamente na Índia e em Israel. Para além das atividades desenvolvidas ao longo do último ano, nomeadamente os projetos que este laboratório permitiu aos alunos desenvolver, a professora Ana Carvalho – que conduziu a apresentação – demonstrou que o objetivo para este Laboratório de Inovação Social é continuar a crescer, permitindo o intercâmbio com alunos de outras universidades, e continuando a envolver os alunos de Engenharia nas questões sociais.
A vontade de continuar a inovar e modernizar o ensino do Técnico esteve saliente em cada uma das restantes apresentações que suscitaram o interesse da audiência, com muitos professores a mostrarem interesse em transportar esta inovação para as suas disciplinas.