Campus e Comunidade

O conhecimento foi uma presença assídua na 5ª edição das JEF

O NFIST construiu um cartaz muito eclético, e durante três dias foram vários os conceituados especialistas que passaram pelo Anfiteatro Abreu Faro.

 

É caso para dizer que o Núcleo de Física do Técnico (NFIST) não pára. Depois de uma semana da física enérgica, iniciou-se esta segunda-feira, 26 de fevereiro, a 5.ª Edição das Jornadas de Engenharia Física (JEF). O cartaz de 3 dias congregou palestras da área, visitas a laboratórios, testemunhos de antigos alunos com carreiras de sucesso, e ainda momentos de contacto direto com empresas.

Laura Martins, membro da comissão organizadora, não tem dúvidas de que as JEF são diferentes das outras jornadas, exatamente porque o público alvo assim o exige. “Nós somos um curso mais pequeno com uma componente teórica muito grande e por isso as palestras são sempre uma mais valia”, frisa a aluna. “Claro que não descuramos a parte de ligação aos antigos alunos e às empresas”. A prova de que a presença de especialistas de várias áreas é valorizada está na vasta audiência que o professor Nuno Peres, docente da universidade do Minho, teve na sua talk “Surface Plasmon-Polaritons in Graphene: fundamentals and applications”. “Apesar de ser um tema muito específico e teórico, tivemos mesmo muita gente, pela notoriedade do orador”, realça a aluna de Física.

Outro dos momentos altos, ou pelo menos dos mais divertidos, foi a palestra dos alumni do Mestrado de Engenharia Física Tecnológica (MEFT). E aí o alumnus Ricardo Figueira brilhou. Ele que está na Google há 5 anos e é atualmente Program Manager da empresa, não quis tornar a sua apresentação numa “talk sobre metafísica”, quis antes inspirar com a sua experiência. E é de facto inspiradora a simplicidade com que o alumnus fala do seu percurso, e da forma como conseguiu o que sempre quis: trabalhar na Google. “Quando fui colocado em Dublin, e quando tive que me mudar, peguei na minha mota e fui”, partilha, arrancando sorrisos. Além das suas funções, da forma como cresceu dentro da empresa, da equipa diversa e “descontraída” de que faz parte, referiu a forma como a sua formação lhe deu capacidade de fazer tudo a partir de uma coisa qualquer. “Não sei se ainda é assim, mas na minha altura a sigla MEFT, também queria dizer Mestrado em faz tudo”, brinca. “Mas é mesmo nisso que sinto que me formei”, acrescentou.

A Lusospace, a IBM e o BNP foram algumas das empresas que se aliaram ao NFIST, oferecendo aos participantes uma visão de mercado abrangente. O caráter competitivo esteve também presente, mas mais para o final das JEF, numa sessão de “Problem Solving”, e num concurso de posters.