Campus e Comunidade

Participantes de edições anteriores evidenciam o valor do programa Lab2Market@Técnico

Através dos testemunhos foi possível perceber a evolução que a participação no programa conferiu aos dois projetos que integraram a edição de 2020.

Ninguém melhor para evidenciar as vantagens Lab2Market@Técnico do que quem dele já usufruiu. Por isso mesmo, na sessão de apresentação do programa de aceleração de inovação, que decorreu esta quarta-feira, 3 de fevereiro, as protagonistas foram duas participantes da anterior edição: Carmen Bacariza Rey e Victoria Corregidor, porta-vozes de dois dos cinco projetos que integraram a edição de 2020.

Estiveram também presentes no evento o presidente do Técnico, professor Rogério Colaço, o vice-presidente do Técnico para as Ligações Empresariais e Operações, professor Pedro Amaral, o CEO da everis  Portugal e alumnus do Técnico, engenheiro Tiago Barroso, o diretor adjunto do Laboratório de Inovação do Técnico, iStartLab, professor Luís Caldas de Oliveira,  e ainda a equipa da  i-deals, que acompanha os grupos ao longo do programa.

Na sua intervenção, o presidente do Técnico enalteceu a importância deste programa que se assume como uma “oportunidade única” para que as ideias que são desenvolvidas no ecossistema do Técnico possam fazer “o seu próprio caminho e adquirir  ainda mais valor”.  Agradecendo à everis  todo o apoio facultado, o professor Rogério Colaço vincou que ao longo destes sete anos do programa tem havido uma importante capacitação da comunidade do Técnico.

Enquanto antigo aluno da escola, o engenheiro Tiago Barroso realçou o prazer deste regresso, ainda que virtual, à sua “casa” e destacou a forte e estruturada ligação da consultora ao Instituto Superior Técnico, a “escola onde recrutamos a maioria dos nossos talentos”, disse. “Vejo esta iniciativa como uma forma de retribuirmos ao Técnico a formação desse talento”, declarou o CEO da everis Portugal, partilhando o seu desejo de que esta sessão seja o pontapé de saída de mais uma edição bem sucedida.

Também o professor Pedro Amaral realçou o potencial deste programa pelos resultados alcançados.  “Ao longo desta iniciativa houve progressos muito bons, desenvolvemos novas startups, progredimos em novos projetos, chegámos ao mercado com mais força”, denotou, vincando a abordagem inovadora agregada ao Lab2Market.

Através dos testemunhos das duas porta-vozes de dois dos projetos que integraram a edição de 2020 do programa de aceleração de inovação investigadoras foi fácil perceber o impacto deste programa nos projetos e nas pessoas que os integram. As duas participantes ajudariam através dos seus exemplos a perceber o avanço que a participação alavancou, ajudando a repensar e redefinir ideias de acordo com as exigências do mercado, incentivou-os a tirar o máximo partido das  potencialidades das tecnologias desenvolvidas.

“Quando iniciámos o programa, percebemos que tínhamos de pensar a nossa investigação de uma forma completamente diferente”, referiu, Carmen Bacariza Rey, investigadora do Centro de Química Estrutural(CQE) e porta-voz do projeto “Cathpro”. “O programa permitiu-nos contactar com um ponto de vista realmente diferente do nosso, e isso foi algo que apreciámos muito”, adicionou logo de seguida. De  acordo com a investigadora do CQE o programa obrigou-os a refletir sobre aspetos preponderantes como: “se a nossa tecnologia era competitiva, se podíamos realmente diferenciar-nos de outras soluções comerciais disponíveis, se o mercado estaria realmente interessado na nossa ideia, ou mesmo seria economicamente viável”. A capacidade de aprimorar a proposta de valor do projeto, de desenvolver um modelo de negócio, e o facto de lhes permitir melhorar atuais e futuras candidaturas a programas de financiamento,  foram apenas algumas das aprendizagens sublinhadas por Carmen Bacariza Rey.

Algumas destas mais-valias seriam repetidas por Victoria Corregidor, investigadora do C2TNporta-voz do projeto Science for Culture Heritage (SHC), que realçou que o Lab2Market permitiu  ao projeto limar a  proposta de valor, abrindo também caminho a muitas entrevistas com potenciais clientes ou parceiros, não só no mercado do património cultural. “Recomendo que participem neste programa porque vão aprender muitas coisas que não estão relacionadas com a ciência, mas que são muito úteis”, declarou.

Através da apresentação do modelo em que funcionará esta edição feita por Alberto Cortez e Rocío Pacios, dois dos elementos da equipa da i-deals, seria possível não só perceber melhor estas mais-valias como esclarecer algumas dúvidas que pudessem existir.

Recorde-se que este programa tem como objetivo identificar projetos desenvolvidos por estudantes de mestrado, PhD, investigadores e professores do Técnico com orientação de mercado. As equipas selecionadas recebem 250 horas de consultoria especializada. As candidaturas para a edição de 2021 do Lab2Market@Técnico decorrem até dia 12 fevereiro.