Ana Rita Tomaz, Bernardo Catalão e Francisco Santos, antigos alunos do Técnico, foram distinguidos na última edição do Prémio Secil Universidades -atribuídos em parceria com a Ordem dos Engenheiros e a Ordem dos Arquitetos e que têm como objetivo incentivar a qualidade do trabalho académico e o reconhecimento público de jovens oriundos das Escolas de Engenharia Civil e Arquitetura portuguesas. O galardão, entregue no passado mês de janeiro, distinguiu os melhores trabalhos produzidos nos anos letivos 2015/2016 e 2016/2017.
“O objetivo do meu trabalho foi estudar um método para dimensionar edifícios para resistirem à ação sísmica de forma mais eficiente que aquela que é atualmente mais usada nos gabinetes”, explica a alumna do Técnico acerca da tese “Análise Sísmica de Estruturas: Interação de Esforços com Base em Espectros de Resposta”. “Concluímos que é possível ter economias significativas, da ordem dos 25% de material (aço no caso de estruturas de betão armado), tratando a informação que é disponibilizada pelos programas de cálculo automático de uso corrente”, explica ainda a antiga aluna. Ao saber da distinção que lhe seria entregue pela Secil, Ana Rita Tomaz ficou inicialmente surpresa, e depois agradecida “pela valorização demonstrada” ao seu trabalho. Atualmente a trabalhar num gabinete de projetos, o CivilSer, a antiga aluna consegue agora percecionar o valor do que aprendeu no Técnico, mais precisamente no curso de Engenharia Civil. “O curso alia uma componente teórica exigente com um conjunto de cadeiras de projeto nos últimos anos do curso, que replicam situações/problemas reais de um gabinete. Estando a trabalhar na área reconheço o mérito desta metodologia”, vinca Ana Rita Tomaz.
Também Bernardo Catalão, autor do trabalho “Modelos de Campos de Tensões para Betão Estrutural – Aplicações ao Projeto de Reforço de Fundações”, confessa também a sua satisfação com este reconhecimento. “É sempre muito gratificante sermos reconhecidos pelo nosso trabalho e agradeço à Secil a iniciativa de premiar todos os anos os melhores trabalhos na área de Engenharia Civil”, afirma o alumnus. “Na minha opinião, a dimensão da empresa que patrocina o prémio e o valor monetário do mesmo tornam-no num dos mais prestigiantes na área da Engenharia Civil”, frisa ainda o galardoado. na sua tese de mestrado de Bernardo Catalão propôs “um conjunto de modelos de campos de tensões para o projeto de reforço de sapatas isoladas, considerando as situações mais correntes, nomeadamente: o reforço por encamisamento e o reforço com micro-estacas, com ou sem armaduras ativas”, como explica o próprio.
Francisco Santos conquistou o galardão graças ao trabalho intitulado “Exploring the Strength of Thin Glass – Experimental and Numerical Assessment”, cujo objetivo passou por investigar experimental e numericamente a resistência deste tipo de vidro e perceber as suas potenciais aplicações para a Engenharia Civil. Além de feliz por ver o seu “esforço distinguido”, o antigo aluno confessa que ficou também impressionado “por um tema como a construção em vidro estrutural, ainda relativamente desconhecido e bastante inovador, ter sido premiado”. Ciente da importância do prémio com “uma longa tradição e prestígio nacional”, Francisco Santos assume que o mesmo representa “por um lado uma oportunidade única de atestar a qualidade do trabalho que realiza, e, por outro lado, facilita a ligação com empresas do mais alto nível na sua área profissional”. “Além disso, é bom ganhar confiança para continuar a enfrentar desafios cada vez mais ambiciosos”, vinca ainda o alumnus da escola.