O WEGEMT (Associação Europeia das Universidades de Tecnologia Marítima), entidade que reúne 40 universidades de 17 países europeus na promoção das engenharias marinhas, será presidida por Carlos Guedes Soares, professor do Instituto Superior Técnico, durante o triénio 2024-2026.
Tratando-se da associação de todas a universidades europeias que oferecem formação completa no domínio da Tecnologia e Engenharia Naval e Oceânica – desde a licenciatura ao doutoramento –, Carlos Guedes Soares descreve a WEGEMT como “uma associação muito importante a nível académico” que “pode ter uma importância muito grande na uniformização de procedimentos e curricula, na interligação e colaboração entre universidades e na promoção da importância do setor”.
O docente do Técnico assume ter “objetivos ambiciosos” para o seu mandato. No seu entender, “o setor universitário na Europa está a atravessar momentos difíceis” que culminaram numa “retração de financiamento para o ensino universitário e para a investigação científica”. Nesse sentido, procurará “aumentar as sinergias entre universidades e entre estas e a indústria, [o] que pode contribuir para a promoção da investigação científica” nessas instituições. A par disso, espera “poder vir a sensibilizar os programas europeus de financiamento da investigação para a necessidade de uma maior promoção da colaboração das universidades na investigação que está a ser financiada, cada vez mais virada para o sector industrial”.
Como primeira iniciativa para mobilizar os membros do WEGEMT para este plano de atividade, vai realizar-se no dia 17 de maio o workshop ‘Fortalecimento do Setor Universitário em Cooperação com a Indústria”. Este workshop do WEGEMT decorrerá no âmbito do Congresso MARTECH 2024, sito de 14 a 16 de maio, durante o qual se celebram os 30 anos do Centro de Engenharia e Tecnologia Naval e Oceânica (CENTEC), unidade de investigação associada ao Técnico que Guedes Soares também presidiu.
Segundo o site da associação, o WEGEMT “procura atualizar e expandir as competências e conhecimentos de engenheiros no ativo e estudantes a trabalhar em tecnologias marinhas a um nível avançado”, agindo como ponte entre as diferentes universidades para facilitar a comunicação e colaborações entre estas. O Técnico é membro desta associação há mais de 30 anos, com “uma posição de destaque no conjunto das universidades europeias”, segundo Carlos Guedes Soares, que relembra a primeira posição obtida pela Escola na área da Engenharia Naval e Oceânica na mais recente edição do Ranking de Xangai.