O professor Paulo Martins, docente do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) e investigador do Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC) foi recentemente nomeado Fellow da International Academy for Production Engineering (CIRP), a organização líder a nível mundial em investigação de engenharia de produção. O docente do Técnico junta-se assim a um lote de prestigiados cientistas internacionalmente reconhecidos e eleitos vitaliciamente.
Assumindo-se “bastante satisfeito”, o docente do Técnico afirma que esta nomeação é “importante para mim e para a área científica de Tecnologia Mecânica e Gestão Industrial do Departamento de Engenharia Mecânica”.
Para o investigador do IDMEC as mais-valias do ponto de vista científico de integrar o grupo de Fellows da instituição “são as mesmas que tive durante o tempo em que fui Associate Member”. “A integração no corpo de Fellows é sobretudo o reconhecimento internacional do trabalho técnico e científico que eu e os meus colegas Beatriz Silva, Carlos Silva, Ivo Bragança e Luis Alves temos vindo a fazer ao longo de muitos anos de atividade nesta área do conhecimento”, adiciona o investigador do IDMEC.
Fundado em 1951 com o objetivo de fazer uma abordagem científica, por intermédio da cooperação internacional, de temas relacionados com a ciência e as tecnologias de produção, o CIRP posiciona-se na vanguarda da conceção, otimização, controlo e manipulação de processos de fabrico, máquinas-ferramenta e sistemas de produção. A sua atenção tem estado cada vez mais focada em desafios como a produção sustentável e o impacto ambiental das novas tecnologias.
A academia restringe o número de membros tendo por base a excelência demonstrada na investigação e tem cerca de 600 membros académicos e industriais de 50 países. São apenas 180 os académicos que integram o grupo de elite de Fellows e Honorary Fellows da instituição. “Devido ao número limitado de Fellows do CIRP, a eleição de um Fellow é um processo longo e rigoroso que procura garantir os mais elevados padrões académicos”, explica o professor Paulo Martins.
Compõem também o CIRP um total de 150 Associate Members “que são cientistas de renome, com elevado potencial, e eleitos tipicamente por um período de três anos com possibilidade de renovação”, tal como evidencia o professor Paulo Martins. A estes juntam-se o mesmo número de Corporate Members “que são membros ligados diretamente à indústria e que seguem o trabalho de pesquisa dos membros académicos do CIRP e, muitas vezes, contribuem para a troca de informações dentro do CIRP, apresentando as suas visões sobre as necessidades e perspetivas industriais”, evidencia o docente do Técnico. Os restantes membros do CIRP são Young Research Affiliates e alguns membros convidados, particularmente de países que ainda não estão envolvidos na academia.
Apesar de serem 4 os cientistas portugueses que integram a organização, 3 enquanto Fellows e 1 como Associate Member, o professor Paulo Martins é o único que trabalha em Portugal, e por isso mesmo o docente considera “natural que esta nomeação possa estimular uma participação mais ativa da comunidade científica Portuguesa no CIRP”.
