Quão bem se conhece o chão que se pisa? O que se esconde debaixo do solo, a diferentes profundidades? De que forma são esses recursos úteis para a sociedade? Muitas perguntas e uma MasterTalk para lhes responder – a 21 de maio, com Leonardo Azevedo, professor do Instituto Superior Técnico, que a conduziu no Centro de Congressos, numa sessão afeta ao Departamento de Engenharia de Recursos Minerais e Energéticos.
Motivado inicialmente pela ideia de “saber o que há debaixo dos nossos pés”, o docente fez um retrato do seu percurso desde os tempos de aluno, destacando a variedade de áreas nas quais se pôde debruçar – desde um estágio numa empresa do setor energético à docência e investigação relacionadas com processamento, interpretação e modelação de dados geofísicos e de ciência de dados espaciais. Para si, a versatilidade do seu percurso representa o leque de opções de que um estudante na área da Engenharia de Recursos Minerais e Energéticos dispõe.
O também coordenador do Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA) explicou durante a MasterTalk que a transição energética será feita de forma sustentável com recurso aos conhecimentos obtidos nesta área. A título de exemplo, falou de “matérias-primas críticas”, como alguns minerais essenciais na produção de circuitos elétricos constituintes de novas tecnologias mais verdes.
“Os novos alunos dos mestrados deste departamento podem fazer a diferença no futuro, naquilo que é a transição energética, transição digital e sustentabilidade do nosso planeta”, defendeu Leonardo Azevedo, acrescentando que o Técnico tem “alumni líderes em instituições públicas e privadas e em diferentes tipos de departamentos – são referências na área dos recursos minerais e energéticos”. Classificou ainda a MasterTalk como “um evento muito importante para quebrar barreiras que não têm de existir entre alunos e professores”.
João Sérgio veio à MasterTalk para “ver que tipo de trabalhos estão a ser desenvolvidos”. No primeiro ano do Mestrado em Engenharia de Recursos Energéticos do Técnico, o estudante conta que a sua experiência no curso “tem sido muito positiva”. “Venho de uma faculdade diferente e aqui fiquei surpreendido”, partilha, considerando que no Técnico “há um grande contacto com o ambiente profissional”.
Margarida Figueiredo, por sua vez, ainda está a concluir o terceiro ano da Licenciatura em Engenharia de Minas e Recursos Energéticos. Uma vez que quer permanecer na área, veio à MasterTalk curiosa quanto à atividade desenvolvida pelos centros de investigação. “Gostei do foco na pesquisa”, informa a estudante, “porque não sabia que investigação o professor faz e deu para ver que ainda há muito para explorar”.
Margarida pondera avançar para o Mestrado de Engenharia Geológica e de Minas, curso que, a par do Mestrado em Engenharia em Recursos Energéticos, compõe a oferta formativa de 2.º ciclo do Departamento de Engenharia de Recursos Minerais e Energéticos.
A MasterTalk que se segue, afeta ao Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Ambiente, decorrerá a 6 de junho com a participação de João Ramôa Correia.