Campus e Comunidade

Respirou-se empreendedorismo no LaunchPad@ Técnico

Além de promover alguns dos projetos que têm sido desenvolvidos pelos estudantes, o evento contou com a presença de dois antigos alunos sucesso que partilharam algumas das peculiaridades dos seus percursos enquanto empreendedores.

A ideia do evento Launch Pad@Técnico – E.Awards 2018 passava por arrebatar a assistência com tudo aquilo que há de mágico, entusiasmaste e diferenciador na arte de empreender. Por isso mesmo à apresentação dos E. Awards@Técnico 2018 conjugaram-se as bem-sucedidas E. Stories e os participantes do evento puderam não só ouvir os relatos inspiradores de dois empreendedores de sucesso, mas também conhecer alguém dos projetos que já estão a ser desenvolvidos por grupos de estudantes em unidades curriculares de empreendedorismo.

Dois alumni do Técnico que fizeram do empreendedorismo um modo de vida aceitaram partilhar alguns detalhes numa espécie de conversa informal, onde as perguntas e respostas surgem espontaneamente no decorrer da partilha do outro. Jaime Jorge e Rui Pedro Silva foram os empreendedores escolhidos para marcar presença nesta edição especial das Alumni E.Stories, e foi com eles que a audiência pôde viajar pelas mudanças, aventuras e desafios da carreira dos empreendedores. Sem rodeios, as histórias ganhavam contornos de conselhos, revelavam motivações e provocavam uma curiosidade penetrante geral na audiência.

O nome de Jaime Jorge e o impacto que a sua empresa tem vindo a causar no mundo dos que tem vindo a causar no mundo da programação não deixa ninguém indiferente, ainda para mais quando se está numa escola de engenharia. Trajado a rigor com a camisola do Técnico, o antigo aluno de Engenharia Informática e de Computadores partilhou um pouco do sue trajeto desde o Técnico até à criação da Codacy, e claro na listagem de “marcos importantes” não pode faltar a vitória na competição de pitches da WebSummit. “Eu nem queria ir e olhem acabei por vencer. Ainda bem que mudei de ideias porque de facto este foi um marco importante para a nossa startup”, afirmou. “O Web Summit é um ótimo ponto de partida, claro”, salientava de seguida. Destacando algumas das dificuldades que foi encontrando pelo caminho, as intervenções do alumnus era acima de tudo toldadas por um otimismo desmedido de quem sempre acreditou no que estava a criar. “Para mim a parte mais difícil e importante da empresa é a gestão das pessoas, a motivação e coesão da equipa”, frisou a determinada altura. No sucesso da empresa apontou também como “determinante” o facto “de termos ao nosso lado um co-fundador com as minhas convicções que nós, igualmente empenhado em fazer tudo para que as coisas funcionem”.

Foram vários os momentos em que as histórias do co-fundador da Codacy se encontraram com as de Rui Pedro Silva, co-fundador da C2C, nomeadamente nas histórias sobre o apoio que receberam da família: “o meu pai perguntava-me quando é que eu ia arranjar um emprego a sério, mas a minha mãe sempre me incentivou a seguir aquilo em que acreditava”. “Eu nunca sonhei ser empreendedor, mas no fim a vida acaba por te surpreender”, recordava o antigo aluno de Engenharia de Materiais do Técnico. Também no seu discurso, algumas das dificuldades encontradas não ficaram ocultas da partilha: “desde o momento em que criamos o produto até que ele se torna em algo comercializável é um caminho duro”. “No desenvolvimento do vosso produto é importante que estejam em sintonia com os consumidores. Vão para a rua, falem com as pessoas para que possam resolver exatamente um problema e percebam a proposta de valor do que estão a fazer”, assinalava ainda.

Na audiência ninguém quis perder a oportunidade de saber mais, de interrogar, de pedir ajuda para balancear sonhos de carreira. E do outro lado não falou predisposição para o fazer, apesar de “cada caso ser um caso diferente”,mas de ser “extremamente importante investirmos tudo naquilo em que acreditamos naquele momento”, iam referindo os dois empreendedores. Houvesse mais tempo para saciar a admiração e curiosidade que os oradores foram semeando.

Porém, era hora de voltar ao desafio central que juntou no Salão Nobre os professores, os potenciais candidatos e os parceiros: os Awards@Técnico 2018. Marcos Ribeiro, diretor-coordenador do Santander Universidades, e José Guerreiro de Sousa, Partner da Armilar Ventures, subiram a palco para esclarecer porque resolveram apoiar “com toda o agrado” esta iniciativa. “Queremos, sem dúvida alguma, estar envolvidos no desenvolvimento das vossas competências empreendedoras”, destacou Marcos Ribeiro. “Consideramos esta iniciativa como muito promissora, estimulante e que incentiva o desenvolvimento de várias soft-skills dos alunos do Técnico”. A mesma ideia foi destaca pelo partner da Armilar Ventures: “é muito importante para nós suportarmos os jovens futuros empreendedores, acompanhar de perto as ideias promissoras dos alunos de uma das melhoras escolas de engenharia da Europa”.

Mudou-se o cenário e o formato do evento, passando a ser os posters de alguns dos projetos de alunos de unidades curriculares de empreendedorismo. Passaram a ser os posters dos projetos o pano de fundo do evento e o networking a dominar o ambiente do evento.

O próximo passo desta iniciativa é o da submissão de candidaturas, cujo processo se inicia a 7 de dezembro. A decisão dos vencedores que cativarão o prémio de melhor projeto (2000 euros) ou uma das duas menções honrosas (500 euros cada) será anunciada no dia 19 de dezembro, numa sessão de pública de apresentação.