Campus e Comunidade

Laboratório, indústria e outras experiências partilhadas nas Jornadas de Engenharia Química

37.ª edição contou com palestras, workshops e visitas a instalações de empresas na área da Engenharia Química.

Por entre mesas e mesinhas repletas de sandes, salgados e bolachas, Thomas Hietala, aluno de doutoramento em Engenharia Química, explicava a um grupo de estudantes curiosos as diferentes tarefas ligadas à análise de dados e machine learning que agora faz no decurso na sua investigação. O piso -2 do Pavilhão de Civil do Instituto Superior Técnico estava preenchido de estudantes para uma ‘sessão de networking’ – uma oportunidade para contactar com vários estudantes mais velhos e alumni da Escola e trocar experiências quanto ao percurso académico e a futuros cenários profissionais na área da Engenharia Química. 

Esta foi uma das atividades que marcou a agenda da 37ª edição das Jornadas de Engenharia Química (JEQ) – um conjunto de iniciativas que decorreu entre 19 e 22 de fevereiro, com dezenas de patrocinadores e apoios. O calendário das JEQ foi preenchido por palestras com representantes de empresas, workshops e visitas a empresas do setor da Engenharia Química, incluindo instalações industriais. As atividades contaram com a ajuda de membros do Núcleo de Engenharia Química (NEQIST) e de estudantes voluntários. Conhecer exemplos de experiências profissionais e carreiras de investigação foi o principal mote deste evento.

Para partilhar o seu caso como um exemplo de carreira de investigação, Ermelinda Maçôas, professora do Técnico e investigadora do Centro de Química Estrutural (CQE), conduziu uma das palestras no início da semana. A docente apresentou à audiência do Centro de Congressos o seu percurso académico e as experiências que teve como aluna de doutoramento na Finlândia através do programa Erasmus. Deu também alguns exemplos de áreas que pôde explorar dentro da Engenharia Química, como o comportamento de moléculas na presença de luz e que aplicações na imagiologia e na biomédica podem ser exploradas partindo desses fenómenos.

Mais tarde nessa semana, e de regresso à sessão de networking, Leonor Garcez conversava com colegas de curso. A aluna do 3.º ano da Licenciatura em Engenharia Química destacou o workshopHow to Stand Out in a Pitch Interview’, no qual os participantes desenvolveram as suas competências de comunicação em meios empresariais para causar uma ‘boa impressão’ no interlocutor. “O workshop foi muito útil”, conta Leonor. “Já tinha feito alguns pitches antes, mas nunca tinha recebido aconselhamento quanto ao meu desempenho”.

Ricardo Martins, também do 3.º ano da Licenciatura em Engenharia Química, ajudou a organizar as JEQ do ano passado e participou em quase todas as atividades das Jornadas deste ano. “Têm abordado temas interessantes”, partilha. O aluno considera que têm sido iniciativas úteis, em especial “para conhecer empresas novas” e para “ajudar a pensar de outras maneiras e a ver como é que pessoas de outras áreas, como o marketing, abordam um problema”.

Vários estudantes destacaram ainda o seu entusiasmo quanto à oportunidade de visitar as instalações de uma grande empresa farmacêutica e de uma refinaria de combustível, no final da semana. O objetivo é contactar com o dia a dia de um engenheiro químico e ‘ver acontecer’ na prática aquilo que se estuda em sala de aula.

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