Quebrando a superstição, o brinde fez-se com água na Sala de Reuniões do campus Alameda do Instituto Superior Técnico. A cerimónia da tarde de 1 de outubro surgiu como celebração de uma parceria entre a Escola e a Empresa Portuguesa de Águas Livres (EPAL), ao abrigo do qual o Técnico passará a utilizar jarros de vidro nas suas salas de reuniões e áreas de coffee break. A mudança, no âmbito do projeto “Adesão à campanha do consumo sustentável de água da torneira da EPAL”, é feita com vista a promover comportamentos mais sustentáveis e com menor pegada ecológica.
Rogério Colaço, presidente do Técnico, reiterou a necessidade de preparação para um cenário na qual a água é um bem precioso e finito, renovando-se o valor que lhe é dado. “O facto de olharmos para a água como um bem infinito atrasa o desenvolvimento de soluções que serão necessárias num futuro não muito distante”, afirmou, num discurso no qual recordou que, até aos sete anos de idade, viveu numa quinta sem água canalizada a 70 quilómetros de Lisboa (o abastecimento só viria depois do 25 de abril). Sublinhou, ainda, que “a água é, hoje, um dos bens mais estratégicos que os países possuem”.
Foi de Carlos Martins que partiu o convite para o brinde. O presidente da EPAL deixou o desejo de que a mudança seja propagada pelos estudantes do Técnico às empresas que vierem a integrar. Descrevendo o Técnico como “uma casa de engenharia que tanta gente forma para o setor [do abastecimento]”, partilhou que a EPAL “privilegia muito estes protocolos com instituições de ensino superior”.
