O Talent Bootcamp arrancou às 9h da manhã de dia 12 de maio. Miguel Gonçalves deu o mote e disse a todos os presentes que, muito provavelmente, alguns iriam conhecer o seu futuro chefe durante os dois dias do evento. As sessões decorreram exclusivamente online numa dinâmica de trabalhos intensa que prometia ajudar os estudantes do Técnico na integração no mercado de trabalho e a conectarem-se com as mais diversas empresas. Com expetativa, estiveram na sessão Zoom 173 pessoas prontas para uma experiência que, segundo o representante da Magma Studio, poderia dotar os Bootcampers de ferramentas que fariam toda a diferença na altura de tomar decisões face às suas carreiras.

Mais do que escolher uma empresa, marca, ou logótipo, “o grande desafio que têm em mãos é escolher um projeto absolutamente ímpar e extraordinário. A oferta na vossa área é maior do que a procura”, acrescentou Miguel Gonçalves, que fez questão de enaltecer a importância de realizar entrevistas com antecedência, para ter uma maior amplitude de escolha relativamente às diversas ofertas existentes no mercado.

Com quase 200 Bootcampers inscritos e 136 representantes de empresas diferentes, o evento prometia não desiludir. Iniciou-se a ordem de trabalhos do dia com uma atividade que envolvia exercícios de Pitch entre os alunos (uma breve apresentação até dois minutos, que inclui uma apresentação sobre o candidato, a sua experiência académica, hobbies e outras experiências que o valorizem perante um recrutador). Seguiram-se exercícios de competências, em que cada estudante do Técnico foi convidado a falar das experiências que enriqueceram a sua vida e que, ao mesmo tempo, revelam competências aos recrutadores. “O valor de mercado é o produto ou serviço que tu vendes. Tu não tens que te vender. Tu não estás à venda. Tu vendes um produto ou um serviço”, acrescentou Miguel Gonçalves.

No período da tarde seguiu-se uma sessão de trabalho com as 40 empresas, que em interação com os Bootcampers forneceram feedback sobre os desejos dos estudantes, que manifestaram as áreas em que pretendiam trabalhar e quais os seus objetivos académicos e profissionais. “O valor da minha carreira depende de quanto eu pontuo em cada uma das minhas competências. As empresas investem nas pessoas valiosas”, explicou Miguel Gonçalves, realçando que as empresas não compram qualificações ou títulos, mas competências.

“Quando sentes a dificuldade, essa é a confirmação de que tens de ultrapassar isso.”

Se no primeiro dia o ambiente nas salas de Zoom já contava com diversos participantes e muito foco no que o Talent Bootcamp tinha para oferecer, o segundo dia surpreendeu com 222 pessoas online em simultâneo. Estiveram presentes vários núcleos do Técnico, docentes, representantes de empresas e até o Presidente do Técnico, o professor Rogério Colaço marcou presença e fez questão de dizer algumas palavras a todos os presentes. “Ver aqui mais de 200 pessoas presentes no Bootcamp faz o presidente muito feliz. Mais do que isto só ver o Salão Nobre cheio. Este tipo de iniciativas… quando eu terminei o meu curso não existia nada disto. O que é que eu gosto? O que é que eu quero. O espectro de quem entra agora no mercado de emprego é muito maior agora”, referiu com entusiasmo.

Seguiram-se duas rondas de pitches às empresas, por parte dos alunos, que ouviram atentamente as observações e sugestões de melhoria. Recomendações de maior assertividade, objetividade e melhorias na narrativa foram algumas das ideias que os estudantes do Técnico integraram e aplicaram de imediato na ronda seguinte, confirmando a eficácia desta dinâmica de interação, alcançando resultados imediatos. Se à primeira ronda os estudantes do Técnico já conseguiram surpreender, na segunda ronda fizeram mais e melhor.

Cada participante foi avaliado pelos representantes das empresas, avaliações posteriormente partilhadas, como mecanismo de feedback, para ajudar os alunos a refletirem sobre a sua prestação e a ousarem fazer melhorias na sua abordagem às empresas. O representante da Magma Studio explicou aos Bootcampers presentes que quando se sente uma dificuldade, essa é a confirmação de que se deve seguir em frente e ultrapassar essa mesma dificuldade, expandindo a área de conforto.

Seguiu-se uma formação de preparação para o mercado de trabalho, que incluiu instruções precisas sobre como melhorar e elaborar um currículo, como fazer uma carta de apresentação para cada candidatura e qual a norma na gestão de follow up, para o seguimento no contacto com as empresas.

O evento terminou com uma troca de ideias esclarecimento de dúvidas, face às ferramentas e conteúdos partilhados ao longo dos dois dias. Na edição de 2022 estiveram presentes alunos de 1º, 2º e 3º ano e até finalistas. Se não teve oportunidade de participar nesta edição, fique atento. O Talent Bootcamp promete voltar novamente em setembro.