Campus e Comunidade

Técnico inaugura laboratório de logística no polo de Oeiras

Espaço permitirá aos estudantes de Engenharia e Gestão Industrial interagir com sistemas de armazenamento utilizados em ambiente profissional.

De ideia surgida numa conversa de 2016, passou à realidade em 2024 – o polo de Oeiras do Instituto Superior Técnico viu ser inaugurado o Laboratório de Logística powered by Worten a 14 de maio. Munido de diversos equipamentos e sistemas que simulam o contexto de um armazém ‘real’, o espaço permitirá aos estudantes de Engenharia e Gestão Industrial contactar diretamente com uma representação do ambiente profissional durante as suas aulas laboratoriais.

“A ideia é seguir todo o fluxo de entrada da mercadoria no armazém, de armazenagem”, seguido do pedido de encomenda feito pelo cliente, a localização desses produtos no armazém e a preparação da encomenda até que ela “siga para expedição”, explica Tânia Ramos, professora do Técnico e presidente do Centro de Estudos de Gestão do Instituto Superior Técnico (CEGIST). “Começámos a discutir que seria interessante termos um espaço fora da ‘sala de aula normal’ onde os alunos pudessem experimentar diversas máquinas” discutidas no curso, salienta Susana Relvas, também docente, investigadora do CEGIST e vice-presidente do Departamento de Engenharia e Gestão.

As duas professoras do Técnico foram a ‘força motriz’ para a criação deste laboratório, com a ideia a partir de “uma sessão de brainstorming”, segundo conta Tânia Ramos. “Devíamos ter algo mais físico e tangível para que os nossos alunos pudessem experienciar aquilo que damos nas aulas”, explica.

“É um gosto termos chegado a este dia”, declarou Rogério Colaço no seu discurso que antecedeu a inauguração do espaço, perante uma Sala Polivalente do polo de Oeiras repleta de membros da comunidade Técnico e representantes da Worten. O presidente da Escola descreveu o Técnico como “um facilitador na resolução de problemas científicos e tecnológicos, criando inovação e emprego qualificado”, ressalvando que “só [se] consegue concretizar [esta] missão em parceria com a sociedade, com o tecido empresarial, com quem tem problemas para resolver”.

Nesse sentido, defendeu Rogério Colaço, “sem uma ligação profunda e estreita à nossa Rede de Parceiros [(da qual a Worten faz parte desde 2021)], não conseguimos cumprir esta parte importante da nossa missão”. Com estas parcerias, “todos ganham – os estudantes têm melhores condições para aprender e as empresas recebem pessoas mais qualificadas e que contribuem de forma mais eficaz para o seu desenvolvimento”. “Este é o ‘círculo mágico’ por detrás da nossa Rede de Parceiros – criar mais do que a soma das partes”, concluiu o presidente do Técnico.

Miguel Mota Freitas, CEO da Worten, deixou uma palavra de agradecimento às professoras Susana Relvas e Tânia Ramos, que tiveram “um papel especial” para que aquele dia se concretizasse. “Podermos ser parceiros de uma entidade com o Técnico é muito importante”, destacou. A cerimónia contou ainda com intervenções destas docentes e de alumni do Técnico entretanto inseridos profissionalmente na Worten, traçando-se uma cronologia da parceria entre as duas entidades.

Entre o corte da fita à entrada do laboratório e o cocktail celebratório que se seguiu, houve lugar a uma visita guiada ao espaço. Para além dos equipamentos que representam o fluxo de trabalho usual num armazém (o hardware), o laboratório conta com um conjunto de sistemas de informação que replicam, a uma escala mais pequena, aquilo que existe em contexto profissional. Há um sistema de gestão de armazéns, um sistema que controla os movimentos dos produtos a entrar ou a sair do espaço e equipamento para a impressão de etiquetas, que identificam a localização dos itens quer estejam no processo logístico ou já embalados e prontos para seguir até à casa do cliente.

“É muito importante constatar que há potencial para que isto aconteça”, sublinha Susana Relvas, referindo-se à interação da academia com o setor empresarial. “Neste caso, foi com a Worten, mas tenho a certeza de que com outras empresas [também] pode acontecer este tipo de parceria”, defende. “Em Engenharia e Gestão Industrial, tentamos trazer esta componente de ligação às empresas e ao mercado de trabalho”, esclarece Tânia Ramos – “e que melhor do que trazer um bocadinho desse ambiente real aqui para a universidade?”.