O Técnico Innovation Center powered by Fidelidade recebeu, pela primeira vez, a TecStorm, maior competição universitária portuguesa, entre os dias 28 e 30 de março. O dia aberto em formato de summit, a anteceder a prova, foi também uma novidade desta 9.ª edição, organizada pela Junitec, júnior empresa do Técnico.
Os participantes puderam concorrer em uma de cinco categorias – mais uma do que em 2024 – cada com uma apoiada por um patrocinador: healthy & green living in a digital world (Sonae), connected communities & digital inclusion (Vodafone), inclusive smart mobility for all (Brisa), digital energy & smart revolution (Galp) e sustainable smart construction (Mota-Engil Next). Desta forma, a competição abrangeu cinco grandes áreas: saúde, conectividade, mobilidade, energia e construção.
Na fase final da competição, sete equipas por categoria, com um máximo de cinco elementos cada, desenvolvem um protótipo para a ideia inovadora que passou já “diversas fases de ideação e mentoria”, para “garantir que estão preparadas para […] a maratona de 24 horas”, explica a organização. “Num ambiente de intensa colaboração e aprendizagem” os participantes “unem forças para ultrapassar desafios, explorar novas abordagens e criar soluções que podem ter um impacto significativo na sociedade”, conclui Sofia Vicente, gestora de marketing da TecStorm’25.
Francisca Quaresma juntou-se a quatro colegas do 3.º ano da licenciatura em Engenharia Aeroespacial do Instituto Superior Técnico para criar a PreçoPerto, uma app que permite aos utilizadores, em função da sua lista de compras, encontrar a superfície comercial mais barata, mais próxima e com menor taxa de ocupação. A ideia é “agregar as três funcionalidades para o cliente fazer a melhor opção”, permitindo uma “experiência personalizada através do perfil criado na app”. Um dos objetivos da equipa é tornar a “conectividade mais justa, equitativa e dinâmica” e por isso o comércio local integra também o projeto.
Depois de no ano passado se ter inscrito sozinha, Rita Ramos, estudante de Engenharia Informática noutra instituição, veio com Débora Alves e Leonor Filipe, alunas do mesmo curso. Rita Ramos voltou de Coimbra para uma segunda participação no TecStorm porque “[no ano passado] foi muito bom”. Trazem uma ideia para “diminuir a sinistralidade na via e prevenir situações de risco”. Quanto à capacidade de desenvolvê-la a tempo, Leonor Filipe brinca: “é uma hackathon, a mentalidade é que dá tempo para tudo”.
Construir o protótipo de um dispositivo para a prevenção de insolações em crianças e idosos que permite medir vários parâmetros fisiológicos dos utilizadores e monitorizá-los através de uma app. Foi esta a missão de um grupo de cinco estudantes do 1.º ano do mestrado em Engenharia Biomédica do Técnico, segundo Rodrigo Saraiva, membro do grupo, para as 24 horas da maior maratona tecnológica de estudantes universitários do país.
A TecStorm tem por objetivo “proporcionar aos estudantes universitários a oportunidade de explorar o seu potencial criativo e inovador, criando soluções disruptivas com impacto real na sociedade”. E fá-lo sem custos para os participantes. “Alimentação, transporte, estadia e material técnico” são assegurados pela organização “para que os estudantes possam focar-se na criação e desenvolvimento dos projetos”.
Vencedores da 9.ª edição da TecStorm:
TreinAI – António Pedro, André Silva, Eduardo Félix e André Félix (connected communities & digital inclusion)
Watts Better – Inês Fernandez, Catarina Palmeirão, João Rodrigues e Beatriz Carvalheira (digital energy & smart revolution)
Vision Aid – Leonardo Cardoso, Juan Lopez, Ilyan Amad e Pedro Macedo (inclusive smart mobility for all)
AquaLab – Guilherme Cruz, Gonçalo Ferreira e Dinis Roxo (sustainable smart construction)
ShopWise – Inês Marques, Clara Rodrigues, Tiago Branquinho, Eva Martins e Diogo Falcão (healthy & green living in a digital world)