“Queremos ter muito mais mulheres em ciências e tecnologias e para isso é preciso que digam às jovens que estas são áreas interessantes”, afirmou o professor Arlindo Oliveira, presidente do Instituto Superior Técnico, na abertura do pequeno-almoço que juntou cerca de oitenta profissionais do sector das tecnologias, mas também professoras e alunas no Salão Nobre do Técnico. Com cerca de 30% de alunas, o Técnico “está a perder parte do talento” e tem que atrair mais raparigas, sublinhou.
Para aumentar a percentagem de mulheres foi criado, no ano passado, o grupo “Gender Balance” no Técnico. Helena Geirinhas, coordenadora deste grupo recordou, na sua intervenção que, apenas, 3% das raparigas pensam em primeiro lugar numa carreira em tecnologias, de acordo com um estudo da PWC, feito no Reino Unido. Por isso há que transmitir como a carreira em tecnologias pode ter “diversidade, ser excitante e criativa”.
Já a professora Ana Teresa Freitas, docente do Técnico e CEO da HeartGenetics confessou que desde os “dez anos que queria ser engenheira”. Hoje temos a “grande responsabilidade de trazer mais raparigas para as tecnologias porque a tecnologia está em todo o lado”, sublinhou.
Para Julie Filucci, co – fundadora e ‘senior managing director’ do “Aviation Division International Higher Education Group”, são preocupantes os números que revelam que, apenas, “5% dos pilotos profissionais de aviação são mulheres no mundo o que leva a perder 50% do talento da população para esta carreira”.
Durante o pequeno-almoço, Isabel Van Der Kolk, do Inside Sales Department na Quiver, e uma das organizadoras do evento, acabou por sortear um bilhete para a Web Summit 2017 que foi ganho por Catarina Ventura estudante do mestrado em Gestão de Energia, com especialização em energia renováveis. Satisfeita, Catarina já sabe a que palestra vai assistir, na manhã do dia 7, onde se falará de inteligência artificial.
Para Mojgan Hashemian, estudante de doutoramento no Técnico estes eventos “são muito motivadores pelo ‘networking’ e partilha de experiências”. Já Maria Gil, administradora da Corporate Ventures da NOVABASE elogia a experiência dizendo que “o Técnico é uma referência clara da excelência tecnológica da educação em Portugal e aproximar estas camadas mais jovens às realidades que são atualidade do empreendedorismo e tecnologia no mundo é extraordinário”.
“Contribuir para o empowerment das mulheres e mostrar às alunas que não estão sozinhas e que podem apoiar-se umas às outras” foi o objetivo deste pequeno-almoço explica Isabel Van Der Kolk.