Os conhecimentos académicos e o mercado de trabalho andaram de mãos dadas durante as VI Jornadas da Engenharia Civil. O evento que decorre desde o início da semana e que termina esta sexta-feira, 2 de março, juntou professores, empresários, alumni e alunos, e sob os mais variados formatos falou-se sempre da importância da área e do crescimento que se augura para a mesma nos próximos anos.
Um ciclo de conferências, vários painéis de discussão com convidados de renome na área da Engenharia Civil e do universo empresarial, uma exposição com múltiplas empresas, um programa de visitas técnicas a obras em execução e ainda um leque de workshops diversos realizados diariamente, completaram o cartaz preparado pelo Fórum Civil, o Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil.
Uma das grandes dificuldades da organização reside na atração de público, e Raquel Carvalho, presidente do Fórum Civil, afirmou que o objetivo é tentar reverter isso. “Os alunos de civil não aderem muito a estas atividades e por isso há que tornar o cartaz o mais interessante possível”, frisou a aluna. “Temos notado, porém, que os alunos mais novos, que chegaram este ano ao Técnico, são mais participativos e isso talvez se reflita nas atividades que faltam”, ressalva.
Rapidamente se refletiu, aliás, no painel “Meet the bosses” que ao contrário do que se esperava encheu o Museu de Civil. Os nomes dos oradores e aquilo de que se propunham a falar com certeza ajudaram. Os professores Alexandre Pinto, João Levy, José da Câmara, docentes do Técnico mas também empresários da área e o engenheiro Alexandre Pinto, alumnus e também sócio-gerente de uma empresa no ramo da Engenharia Civil, foram os convidados de um painel moderado pelo também docente da casa o professor António Gago. O objetivo traçado pela organização de “refletir sobre a atualidade com os bosses do momento” foi mais do que cumprido. Num tom muito pouco formal, elogiou-se a formação do Técnico, o nível dos engenheiros portugueses, o pleno emprego que estes estudantes vão encontrar na chegada ao mercado de trabalho e até o corporativismo que deve guiar os profissionais da área. “Gostaria muito de partilhar convosco o impacto que teve na minha vida ser engenheiro do Técnico. É completamente transformacional”, reiterou Alexandre Pinto. A palavra foi passando e a discórdia nunca se instalou, havendo até um pouco de humor a misturar-se com a troca de ideias. “Não há duvida de que vocês terão pleno emprego quando saírem daqui”, assegurava o professor José da Câmara. O debate estendeu-se para além da hora estipulada, até porque os alunos quiseram saber sempre mais sobre o que os espera.
Para terminar em grande, a organização preparou dois eventos bem apetecíveis, um pelos prémios e adrenalina que promete oferecer, e o outro pelo conhecimento que congrega. O primeiro é um concurso onde os alunos podem mostrar todas as suas capacidades e perícia, e que consiste num desafio em equipa, onde terão de construir protótipos de acordo com o enunciado que lhes é apresentado. Para os menos aficionados pela competição há a segunda hipótese: a palestra acerca do Gran Canal do México, conduzida pelo engenheiro Fernando Roseira, diretor da unidade de energia do Grupo Mota-Engil e que segundo Raquel Carvalho: “será super interessante e por isso a maneira ideal de fechar este evento”.