A Softinsa, empresa do grupo IBM, anuncia a abertura das candidaturas ao Prémio Científico IBM 2017. O prazo termina a 15 de setembro e ao mesmo podem concorrer jovens investigadores portugueses, ou residentes em Portugal há pelo menos 3 anos, e com menos de 36 anos. Os trabalhos, desenvolvidos com rigor e inovação científica, têm obrigatoriamente de ser submetidos em Língua Portuguesa ou Inglesa e em nome individual. Serão posteriormente avaliados por um júri constituído por um grupo de cientistas portugueses de elevado prestígio internacional e reconhecidamente líderes das principais áreas do conhecimento a que o Prémio Científico IBM está associado, e por um representante da Companhia IBM Portuguesa.
Ao longo de três décadas, os premiados têm conseguido ocupar um lugar de destaque também entre a comunidade científica internacional, como é o caso da Alexandra Silva, vencedora do Prémio Científico IBM 2010. Após esta distinção, Alexandra aceitou um lugar de professora auxiliar na Radboud University Nijmegen, Holanda. Em 2015 passou a integrar o University College London, Reino Unido, como professora associada, tendo sido promovida, em 2017, professora catedrática. Nos últimos anos, recebeu diversas bolsas e distinções, incluindo uma ERC Starting Grant, o prémio Philip Leverhulme para investigadores com reconhecimento internacional, e o prémio Presburger para jovens cientistas com contribuições de relevo em ciências da computação. Integra o comité executivo do ACM SIGLOG, e serve regularmente como editora de revistas científicas e em comissões de programa de diversas conferências internacionais de topo na área dos fundamentos da computação e lógica de programas.
Outro exemplo de sucesso ligado ao Técnico é o vencedor do Prémio Científico IBM 2003, Luís Oliveira e Silva. “O Prémio IBM foi determinante para mim. Deu visibilidade ao meu trabalho para lá das fronteiras da minha área e permitiu-me muito rapidamente ser promovido, avançar na carreira, e atrair estudantes de elevada qualidade para trabalhar comigo. Por outro lado, o prémio foi fundamental para projetar o trabalho internacionalmente”. “O prestígio da IBM é reconhecido internacionalmente e ser premiado pela IBM amplificou significativamente o reconhecimento: isso foi visível em várias oportunidades de projetos, colaborações internacionais em supercomputação – fundamentais para a minha área de trabalho, e noutros prémios e reconhecimentos que recebi, em que o prémio IBM tem sempre um elevado destaque”, acrescenta o investigador. Além do impacto na sua carreira profissional, esta distinção “inspirou estudantes de doutoramento e pós-docs que trabalharam comigo a concorrer, tendo um deles sido também vencedor (Samuel Martins). A IBM presta um serviço exemplar ao país demonstrando que devemos reconhecer as contribuições dos nossos cientistas, valorizando o mérito, identificando modelos para as novas gerações de cientistas, e, pela atribuição do prémio, reforçando e promovendo as oportunidades de carreira dos premiados”, sustentou Luís Silva.
“O prémio científico IBM proporciona aos jovens investigadores Portugueses a rara oportunidade de obterem reconhecimento e credibilidade fora do mundo académico. Quando o recebi terminava o Doutoramento e dava os meus primeiros passos como empreendedor e profissional. Ajudou-me de forma inigualável a acelerar essa transição”, salientou também João Maciel, vencedor do Prémio Científico IBM 2001, agora a trabalhar no Boston Consulting Group, nos Estados Unidos.
Já para Mário Figueiredo, vencedor do Prémio Científico IBM 1995, “o prémio teve enorme importância e impacto no início da minha carreira académica e científica. Atribuído por um trabalho que correspondia essencialmente à minha tese de doutoramento (sobre métodos para restauração de imagens), significou o reconhecimento da qualidade do referido trabalho por um júri de prestigiados investigadores portugueses, pelo que senti grande orgulho em o receber. “Esta atribuição deu-me um importante estímulo que me fez sentir confiante para continuar a explorar e expandir essa linha de investigação, a qual se veio a revelar como uma das de maior sucesso e impacto da minha carreira”, refere de seguida o professor do Técnico.
Em 27 edições, o Prémio Científico IBM premiou 30 investigadores, orgulhando-se de desempenhar um papel determinante na investigação em Portugal e de ter ajudado à aplicação prática de muitos dos trabalhos premiados, promovendo a implementação de soluções inovadoras que estão já a responder aos desafios das nossas sociedades e a contribuir para um mundo melhor e em constante evolução. Esta distinção pretende destacar trabalhos de elevado mérito no campo das Ciências da Computação, estimulando jovens investigadores a investirem e a divulgarem os seus projetos, sendo reconhecido como o prémio de maior notoriedade dentro da comunidade cientifica Portuguesa. Tem merecido, de facto, a maior notabilidade e reconhecimento não só por parte da comunidade científica nacional, mas também por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Presidência da República.