Ciência e Tecnologia

ClimACT entre os finalistas do REGIOSTARS 2018

Coordenado pelo Técnico e financiado pelo programa Interreg Sudoe no eixo "baixo carbono", este projeto está entre os 21 projetos que se destacaram na avaliação do júri deste concurso.

O projeto ClimACT, coordenado pelo Técnico, está entre os finalistas do REGIOSTARS 2018, um concurso que identifica boas práticas no desenvolvimento regional e destaca projetos originais e inovadores que são interessantes e inspiradores. “Responder a desafios emergentes como as alterações climáticas, eficiência energética, eficiência de recursos e melhoria da qualidade de vida dos cidadãos” é o grande objetivo do ClimACT, como assinala a investigadora do C2TN responsável pelo mesmo, a professora Marta Almeida.

Por entre as 102 candidaturas submetidas este ano, o ClimACT encontra-se entre os 21 finalistas selecionados, distinguindo-se na categoria 2: “Alcançar a sustentabilidade através de baixas emissões de carbono”. Conscientes da importância deste projeto para a sustentabilidade das escolas e para a luta contra as alterações climáticas, o grupo está desde o momento em submeteu a candidatura “seguro de que o projeto iria ser bem classificado. Além do prémio entregue pelo júri, é dada a oportunidade ao público de também escolho um vencedor, tendo sido para tal criada uma plataforma onde todos os cidadãos são chamados a votar. “Neste momento a vitória do projeto ClimACT depende do empenho de todos aqueles que direta ou indiretamente estão implicados no projeto, contando obviamente com o valioso voto de todos os membros da comunidade”, lança em jeito de apelo a professora Marta Almeida.

Contando com a colaboração de 9 beneficiários e 41 parceiros associados de todo o espaço Sudoe – Portugal, Espanha, França, Gibraltar e Andorra, o ClimACT junta universidades, autoridades nacionais, regionais e locais, escolas, ONGs e empresas e “reúne todos os atores necessários para apoiar a transição para uma economia de baixo carbono nas escolas”, frisa a professora Marta Almeida.

Tendo como alvo central as escolas enquanto um espaço povoado de alunos que tem um enorme potencial de sensibilização, e cuja pegada de carbono se revela muito interessante, o projeto pretende sensibilizá-los, entendendo que “ao capacitar os alunos de cada escola estamos a influenciar três gerações: a geração deles, a dos pais e a dos futuros filhos”, declara a investigadora responsável. “Foi neste contexto que decidimos desenvolver uma abordagem holística que considera não só a componente energética nas escolas, mas também a eficiência no consumo da água, gestão de resíduos, compras verdes, espaços verdes, mobilidade, qualidade do ar interior e sensibilização de toda a comunidade escolar”, complementa de seguida.

Lançado em 2016, o ClimACT começou com a avaliação do desempenho ambiental e energético de 35 escolas-piloto localizadas no espaço Sudoe e com o desenvolvimento de ferramentas que pretendem apoiar a transição para uma economia de baixo carbono nas escolas: “uma ferramenta de apoio à decisão, que efetua a análise de custo-benefício de medidas a implementar nas escolas, uma plataforma de correspondência de recursos, que pretende potenciar o investimento nas escolas e uma plataforma educacional cujo objetivo é capacitar e sensibilizar toda a comunidade educativa”, enumera a professora Marta Almeida.  Neste momento, as ferramentas ClimACT estão a ser validadas e testadas nas escolas-piloto com o objetivo de mais tarde ficarem disponíveis a todas as escolas Sudoe, para o projeto se tonar o mais abrangente possível. “A comunidade escolar, tem acolhido o projeto de uma forma bastante positiva”, esclarece a investigadora, tendo sido envolvida desde o início na conceção das ferramentas, e contribuindo para o seu desenvolvimento, o que acabou por permitir que as mesmas tenham sido customizadas às reais necessidades das escolas.