O professor Edward F. Leonard, docente de Engenharia Química e Biomédica na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos da América, esteve no Técnico no âmbito do protocolo American Corners Portugal, uma iniciativa que conta com a colaboração da Embaixada Americana em Lisboa, para uma palestra intitulada “The History, Promise, Disappointment and Future of Artificial Organs”.
Ao longo de cerca de uma hora, o professor abordou o passado, os desafios e as conquistas da investigação com órgãos artificiais, lembrando que o mais importante, “e o único a que conseguimos aceder para depois chegar a todos os outros”, é o único órgão “líquido” do corpo: o sangue.
A parte inicial da palestra ficou marcada pela apresentação das razões que nos fazem necessitar de substituir órgãos; para Leonard, “conhecer as causas abre janelas para entendermos o que podemos fazer no futuro”. Para o professor, a importância deste debate é simples: “A sociedade tem de pensar em sustentabilidade, mas isso envolve pensar não só nas pessoas que vão receber estes tratamentos, mas também nas que não o vão receber”.
O estado da arte em relação a rins, pulmões ou pâncreas artificiais fez parte do debate, em que Leonard também abordou a possibilidade de imprimir órgãos em 3D num futuro próximo. “Estou cético, mas quem sou eu para saber disso? Não é a minha área”, afirmou, antes de concluir com uma nova ideia: “O futuro pode passar pela criação de órgãos artificiais híbridos, que já estão a ser estudados”.