João Miguel Sequeira, alumnus do Técnico, foi outro dos vencedores da última edição do prémio atribuído pela Sociedade Portuguesa de Geotecnia (SPG), juntando-se ao também antigo aluno da escola, Francisco Centeno Dias que venceu o galardão na categoria dos trabalhos em língua portuguesa. Com a tese de mestrado “Energy Efficiency Evaluation in Thermo-active Structures” João Miguel Sequeira venceu o Prémio Jovens Geotécnicos em Língua Inglesa.
“É para mim uma honra e um privilégio receber este prémio. Mais do que o reconhecimento da minha pessoa, creio que o tema do trabalho merece reconhecimento”, declara o antigo aluno do Técnico. Neste trabalho que reteve a atenção da SPG, o antigo aluno do Mestrado Integrado em Engenharia Civil – Especialidade Geotecnia fez uma avaliação da eficiência energética de fundações termo-ativas aplicadas a um caso de estudo. “No fundo, estudo as trocas de calor que se estabelecem entre as fundações de um edifício equipadas com permutadores de calor e o terreno de fundação envolvente, naquilo a que chamamos de Sistemas Geotérmicos Superficiais”, explica João Miguel Sequeira. “Concluímos que o terreno de fundação poderá ou não funcionar como uma fonte/depósito de energia térmica renovável e sustentável a longo prazo, dependendo muito fortemente das condições hidrológicas, da composição mineralógica do solo e do modo como utilizamos a energia térmica nesse mesmo edifício”, acrescenta ainda o alumnus.
Para João Miguel Sequeira, nesta área do aproveitamento da energia geotérmica de superfície (de baixa entalpia) “já existe o conhecimento, já existe a tecnologia, já está comprovado que funciona”, falta apenas fazer tudo isto chegar aos clientes e empresas, “tendo por base a análises de casos reais e com informações claras, para que se possa implementar a tecnologia a larga escala”. O antigo aluno do Técnico sente que a sua tese de mestrado foi um contributo sólido neste caminho.
A trabalhar neste momento na Mota-Engil, e envolvido na construção de um viaduto localizado na Cidade do México, João Miguel Sequeira sente-se todos os dias desafiado. “Esta cidade é um lugar extremamente desafiante do ponto de vista geotécnico. Sinto-me afortunado por poder trabalhar na área em que estudei e ter contacto com a Geotecnia”, partilha. No futuro, o engenheiro espera “poder conjugar as minhas funções profissionais com o aproveitamento de energia geotécnica superficial”.