Ciência e Tecnologia

Prémio Maria de Sousa atribuído a professora do Técnico

A atribuição do Prémio terá lugar no dia 14 de novembro às 18:00, no Teatro Thalia em Lisboa, com transmissão online pelos canais do jornal Público.

A edição de 2022 do Prémio Maria de Sousa, promovido pela Fundação Bial e Ordem dos Médicos distinguiu cinco projetos científicos. Entre eles está o de Ana Melo, professora Auxiliar Convidada no Departamento de Bioengenharia do Técnico.

Ana Melo, também investigadora do Instituto de Bioengenharia e Biociências (iBB), recebeu a distinção com o trabalho desenvolvido em torno da monitorização das espécies secretadas não-convencionalmente da proteína tau e as suas implicações na progressão das tauopatias.

A professora do Técnico começou o seu percurso académico com uma licenciatura e mestrado em Bioquímica na Faculdade de Ciências, tendo obtido o seu Doutoramento em Química (2014) no Instituto Superior Técnico, sob a orientação dos professores Manuel Prieto e Ana Coutinho.

Na realização do trabalho agora premiado, Ana Melo contará com a colaboração do professor Martin Hof, do J. Heyrovsky Institute of Physical Chemistry, Praga, República Checa, onde Ana Melo irá trabalhar durante quatro meses.

Ana Melo considera que “a atribuição do Prémio Maria de Sousa significa um enorme reconhecimento do meu trabalho e é um estímulo para o futuro da minha carreira científica por parte da Fundação Bial, Ordem dos Médicos e Júri do Prémio. Adicionalmente, este financiamento individual irá permitir implementar uma nova linha de pesquisa na minha unidade de investigação o iBB, e fortalecer a minha independência científica.”

A atribuição do Prémio terá lugar no dia 14 de novembro às 18:00, no Teatro Thalia em Lisboa, com transmissão online pelos canais do jornal Público (Media Partner do evento).

Breve descrição do projecto:

A deposição patológica da proteína tau no cérebro é responsável por diversas doenças neurodegenerativas (tauopatias), que incluem a doença de Alzheimer e a demência frontotemporal. Coletivamente, as tauopatias englobam a maioria das patologias associadas ao envelhecimento e demência.  Estudos recentes apoiam que a transmissão de conformações tóxicas da proteína tau entre neurónios, é crítica para a progressão destas doenças degenerativas. Este projecto irá descrever o mecanismo molecular de libertação extracelular não convencional da proteína tau tóxica, por translocação direta da membrana plasmática.