O Instituto Superior Técnico integra o projeto europeu CESynergy Erasmus+, financiado pela União Europeia, que tem como objetivo capacitar engenheiros e decisores para a transição energética sustentável. Coordenado pela Universidade de Tecnologia da Silésia (Polónia), o projeto reúne várias instituições académicas internacionais para desenvolver materiais educativos focados na circularidade dos recursos e no impacto do consumo de materiais críticos. A crescente escassez de minerais essenciais, como lítio e cobalto, utilizados em tecnologias renováveis, é um dos exemplos em que o projeto se debruça.
“O projeto tem como objetivo principal promover a transição para práticas mais sustentáveis e circulares no setor da energia, alinhando-se com as diretrizes da União Europeia. Espera-se que os resultados contribuam para a redução do impacto ambiental da produção e consumo de energia, fomentando soluções inovadoras e colaborativas entre universidades, indústria e decisores políticos”, explica Marta Alves, professora do Técnico e investigadora do Centro de Química Estrutural (CQE).
A equipa do Técnico, composta também por Fátima Montemor, professora do Técnico e investigadora no CQE, e Rui Mendes, diretor para os Assuntos Internacionais do Técnico, vai contribuir para o desenvolvimento de modelos de ensino, aplicando conhecimentos em engenharia química e sustentabilidade para criar metodologias e testar soluções em ambiente académico. “O contributo [do Técnico] passa pelo desenvolvimento de novos modelos de ensino e na aplicação prática dos conceitos de circularidade, bem como testar e validar as soluções propostas em colaboração com os parceiros do projeto”, acrescenta Marta Alves.
Além da formação de profissionais preparados para os desafios da transição energética, o CESynergy visa influenciar políticas públicas e incentivar práticas mais eficientes no setor industrial. “Espera-se que as metodologias desenvolvidas sejam adotadas por empresas do setor, incentivando a implementação de soluções mais eficientes e ambientalmente responsáveis”, conclui a investigadora.
Nos próximos anos, as instituições envolvidas trabalharão em conjunto para desenvolver conteúdos adaptados a diferentes níveis de especialização, assegurando que o conhecimento gerado tenha aplicação prática na evolução dos sistemas energéticos mais sustentáveis. A primeira reunião do consórcio decorreu entre os dias 17 e 21 de março de 2025.