Ciência e Tecnologia

Técnico vai renovar e criar dezenas de laboratórios para a investigação, formação e transferência de conhecimento

Escola atrai financiamento superior a 4 milhões de euros da CCDR-LVT para reforçar as suas infraestruturas científicas.

O Instituto Superior Técnico vai instalar e reabilitar 12 laboratórios destinados à formação, à investigação científica e à transferência de conhecimento. O processo estará concluído em 2027 e será possível graças ao co-financiamento de quatro milhões de euros do Programa Regional de Lisboa (Lisboa 2030), recentemente atribuído pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) para infraestruturas científicas. O projeto intitulado “Técnico Flagship Labs” angariou o maior valor atribuído neste concurso.

“O co-financiamento da CCDR-LVT permite acelerar o programa de investimento em infraestruturas do Técnico, reabilitando e reequipando laboratórios ao longo de três eixos principais, alinhados transversalmente com a formação, a investigação e a transferência de conhecimento”, explica Rogério Colaço, Presidente do Instituto Superior Técnico.

Entre a lista de novidades está a criação de um novo laboratório de física, assente num modelo de laboratório colaborativo, que introduza os estudantes de todos os ciclos de estudo a um contexto próximo da investigação científica, estabelecendo o conceito piloto para os restantes Laboratórios do Conhecimento do Técnico, não só neste projeto, mas também no futuro e a construção de um túnel de vento para ensaios aerodinâmicos no laboratório de Aeroespacial. Os laboratórios estão englobados em infraestruturas científicas nacionais e europeias de grande dimensão, como o Laserlab-Europe.

As melhores condições laboratoriais estendem-se também ao universo estudantil, com renovações de espaços para aulas laboratoriais. No sector da transferência de tecnologia, a melhoria será sentida também no Laboratório de Análises do Técnico (LAIST) e em laboratórios situados no Campus Tecnológico e Nuclear, em Loures, que dão resposta a pedidos de autoridades nacionais e regionais a questões como a radiação e a qualidade do ar.

O projeto visa instalar e reforçar infraestruturas científicas de referência do Técnico e envolve professores e investigadores de seis departamentos (Departamento de Física, Departamento de Engenharia Química, Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, Departamento de Engenharia Mecânica, Departamento de Engenharia e Ciências Nucleares Departamento de Engenharia de Recursos Mineiros e Energéticos), sete unidades de investigação (Centro de Química Estrutural (CQE), Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C2TN), Instituto de Bioengenharia e Biociências (iBB), Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores – Microsistemas e Nanotecnologias (INESC MN), Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN), Instituto de Sistemas e Robótica (ISR-Lisboa), Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA)), cinco laboratórios de prestação de serviços (Laboratório de Aceleradores, ObservAR, Laboratório de Metrologia das Radiações Ionizantes, Laboratório de Radioatividade Ambiente e LAIST) e dois campi (Alameda e CTN).

“Esta estrutura integradora tem como objetivos melhorar a experiência de aprendizagem através de uma forte integração dos estudantes no contexto científico, a atração e retenção de talento de excelência nas áreas STEM e o reforço da capacidade dos laboratórios do Técnico quer na sua vertente científica quer na vertente de transferência de conhecimento”, resume Luís Oliveira e Silva, professor do Técnico, investigador no IPFN e coordenador da equipa que preparou a submissão do projeto.