Na Jobshop – a feira de emprego organizada pela Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST)– as perguntas nunca ficam sem resposta, a simpatia e os brindes são um bónus para além do leque enorme de ofertas de trabalho, e o resultado é sempre positivo, seja porque se fizeram contactos, se adquiriu conhecimento acerca do mercado, ou simplesmente porque se teve perceção do valor associado aos alunos do Técnico. Durante 3 dias, de 7 a 9 de maio, a tenda que ocupa a alameda do Técnico -e que alberga empresas de diversas áreas- foi um chamariz para centenas de alunos desejosos de sondar oportunidades e abrir caminho para o futuro.
“É ótima oportunidade para abrir os nossos horizontes”, é assim que Edgar Remédios, recém-graduado do Técnico em Engenharia e Gestão Industrial (EGI), classifica a Jobshop. O panfleto que tem na mão, alusivo ao evento e onde estão patentes todas as empresas presentes neste dia, 8 de maio, ajudam-no a não deixar para trás nenhuma potencial oportunidade. Veio à procura de propostas de trabalho e até ao momento já houve várias empresas que lhe despertaram a atenção. Faz questão de passar pela maioria das bancas porque como não exclui hipóteses, nunca se sabe onde pode estar a derradeira oportunidade, mas acima de tudo porque sente que deve aproveitar a oportunidade de ficar a conhecer as empresas de forma mais concreta. Antes de partir para mais uma conversa deixa um conselho aos atuais alunos: “mesmo que não estejam a acabar o curso, os alunos devem passar por aqui porque há imensas ofertas e as empresas querem alunos que ao longo da faculdade tenham enriquecido os currículos”.
Tal como Edgar Remédios, a toda a hora – e até mais do que uma vez – há centenas de alunos a passar pela Jobshop. A motivações são muito idênticas, apesar de estarem em etapas diferentes da vida académica. Miguel Loff, um dos alunos que integra o Gabinete de Emprego, Formação e Empreendedorismo (GEFE/AEIST) que é responsável pelo evento, explica o porquê de isto acontecer: “os alunos do Técnico são, em regra, muito preocupados com o futuro, e aqui encontram a oportunidade de antever algumas coisas, começar a aprimorar alguns detalhes e ainda encontrar oportunidades”.
No total, e ao longo dos três dias serão 90 as empresas que fizeram questão de marcar presença, com ofertas de emprego e de estágio, para apresentar os seus programas de trainees, para abrir as portas das suas instalações através de uma conversa ou do agendamento de uma futura visita, mas sobretudo para estar perto dos alunos do Técnico. “Quando fazemos a primeira abordagem sentimos que há um interesse nos alunos do Técnico, as empresas querem recrutar os alunos do Técnico, que há um valor que nos é atribuído pelas mesmas”, realça Miguel Loff. “Este evento está cada vez maior, mais conhecido, e já é uma marca que as empresas conhecem e da qual querem fazer parte”, acrescenta de seguida.
Este ano além da habitual feira de empresas, o GEFE decidiu inovar tendo bem presentes as necessidades e os desafios que se colocam aos alunos do Técnico. Assim, o programa do último dia do evento, 9 de maio, irá desdobrar-se em vários workshops- gratuitos e acessíveis a todos os alunos-, e num pitch onde os 50 inscritos terão oportunidade de se apresentar a 25 empresas de várias áreas. “O objetivo é arranjar um primeiro encontro um bocadinho mais estruturado para os alunos que queiram começar a falar com empresas e aproveitar para treinarem as competências de comunicação”, explica Miguel Loff. “Havia 50 vagas, mas já estão todas esgotadas, o que demonstra a recetividade dos alunos à ideia”, comentava de seguida.
Outra das novidades está obviamente relacionada com tecnologia e ajudou a prender mais participantes ao longo dos outros dois dias do evento. No espaço tecnológico marcaram presença várias empresas que se fizeram acompanhar por produtos interativos relacionados com a robótica, a realidade virtual, etc.“Todas as empresas que estão neste espaço têm alguma coisa interativa para mostrar e os alunos podem fazer perguntas mais técnicas, e experimentar, o que eles adoram”, assinala o representante do GEFE.
Num stand bastante apelativo, a The Navigator Company assumiu-se como um pólo de atração de alunos. As perguntas sobre os campos de ação, as dinâmicas de trabalho e as ofertas profissionais foram uma constante, e a conversa que se estabelecia na sequência da mesma deixava sempre os alunos muito satisfeitos. Do outro lado o interesse nos alunos do Técnico também é evidente e destacado por Cátia Neves, representante da empresa: “a nossa empresa reconhece talento, e uma vez que temos uma grande vertente de engenharia, claramente que o Técnico e os seus alunos de excelência chamam a nossa atenção”. “Aqui encontramos um match entre aquilo que é o potencial entre aquilo que a nossa empresa procura e aquilo que o mercado tem para oferecer.
Mariana Martinho e Ana Duarte, alunas do mestrado em Engenharia de Petróleos, também não podiam deixar de vir à Jobshop, até porque estão a poucos meses de se graduar e já de olho no mercado. Apesar de não terem encontrado muitas ofertas na área, houve outras que lhes chamaram à atenção. “É importante conhecermos o mercado que está mais próximo de nós, saber em que áreas em que atuam e o interesse que têm em nós”, referia Mariana. “Mais do que conseguirmos arranjar emprego queremos trabalhar em algo que gostemos e por isso ir a este tipo de eventos é sempre importante”, rematava, assertivamente, Ana Duarte.