Campus e Comunidade

Campus do Taguspark acolhe 2ª edição do Dia da Cidadania

Cerca de 10 projetos de solidariedade social acederam ao convite para participar na iniciativa partilhando com os alunos do Técnico a essência do trabalho que desenvolvem e lançando o convite para se juntarem aos mesmos.

A tarde desta quarta-feira, 10 de abril, foi dedicada à cidadania no campus do Taguspark. O evento organizado pela Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico(AEIST), em parceria com o Técnico, procurou aproximar a comunidade de diferentes associações de voluntariado, através de uma atmosfera que lembrava a importância da responsabilidade social e as valências que podem ser retiradas do exercício da mesma.

“É costume dizer que o Técnico forma engenheiros, eu prefiro dizer que o objetivo é formar pessoas com conhecimento técnicos e científicos, mas sobretudo pessoas capazes por dar uso a esse conhecimento em benefício da sociedade”, afirmava o professor Fernando Mira da Silva, membro da comissão de gestão do campus do Taguspark, e a cargo de quem ficou a abertura da 2ª edição do Dia da Cidadania. “Espero que esta iniciativa contribua para a vossa formação enquanto pessoas, sensibilizando-vos para a necessidade de termos esta preocupação com a sociedade”, proferia de seguida o docente, dirigindo-se aos alunos que compunham a audiência.

A CERCI, o Centro Sagrada Família, a Serve the City e a AIESEC foram alguns dos projetos solidários que aceitaram o convite da organização para ocupar o átrio central do campus do Taguspark, divulgando o trabalho que realizam e desafiando sempre os alunos a juntarem-se a eles. Porém, e para que a partilha fosse geral, as instituições iam subindo a palco para contagiar os alunos com episódios e detalhes sobre as missões em que estão envolvidos.

O UniRaid foi um dos projetos que cativou maior atenção da audiência, e para tal muito contribuiu o facto de um dos voluntários ser aluno do Técnico, tendo ficado sob a sua responsabilidade a condução da maior parte da intervenção.  O projeto pega no conceito de viagem-aventura e envolve-o numa vertente solidária, convidando estudantes a preparar um carro para atravessar o Atlas e o Deserto Marroquino, distribuindo material solidário pelos habitantes de aldeias remotas e subdesenvolvidas. Henrique Nunes, aluno de Engenharia Eletrónica, aceitou o desafio, atravessou o deserto com uma Renault 4L e, uns meses volvidos, só consegue classificar a experiência como “memorável”. “Quando começamos a trabalhar na ideia toda a gente disse que era impossível”, relatava o aluno do Técnico. Nós vimos de lá a pensar de forma diferente, porque vemos coisas inacreditáveis como crianças a sair de buracos a que chamam casa”. Recordando vários episódios que o marcaram e contribuíram para o seu “crescimento enquanto ser humano”, Henrique Nunes desafiava os seus colegas a “divertirem-se enquanto ajudam e fazem a diferença” porque como o mesmo lembrava “isto é possível e deixa marcas em nós e em quem ajudamos”.

Em paralelo, e registando uma satisfatória adesão, decorreram ao longo da tarde diversos workshops dados pelas próprias instituições.