Os corredores dos edifícios do Técnico ganham sempre por esta altura uma animação extra, própria de quem acabou de alcançar uma nova etapa e conhecer uma nova casa. Tomados pelo entusiasmado, os estudantes internacionais que ao longo da semana foram chegando aos campi, alinham os últimos detalhes da sua estadia, têm oportunidade de conhecer os espaços de aulas e de lazer, e ter o primeiro contacto com os futuros colegas. À sua espera, como sempre, tinham um grupo de 50 mentores prontos para os ajudar, orientando-os em pequenos grupos e naqueles que são os primeiros passos na Escola.
No total, chegam ao Técnico este semestre 369 alunos- 303 de países europeus, 66 de países não-europeus. Entre os países representados no novo “contingente” internacional, e no que respeita a mobilidades intraeuropeias, estão a Alemanha, França, Itália, Espanha. No que toca às mobilidades oriundas do exterior da Europa – 66 no total -, os países com maior são o Chile, o Brasil, a Argentina e a Índia.
A Orientation Week, da responsabilidade do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE) – que acontece em simultâneo com a Welcome Week organizada pelo Núcleo de Mobilidade e Cooperação Internacional (NMCI) – arrancou na passada quarta-feira, 2 de março, e prolonga-se pelo fim de semana a dentro. Através de várias atividades, pretende-se que nesta nova etapa não falte nenhuma informação preciosa, propiciando-se o contacto entre os estudantes e a instituição, partilhando dicas/conselhos sobre como ultrapassar as dificuldades que poderão surgir durante a mobilidade e assegurando uma rápida integração dos mesmos na Universidade e na cidade. A receção e a visita aos campi aconteceu em dias diferentes, seguindo a calendarização dos cursos anteriormente definida. Mais de 260 alunos aproveitaram esta oportunidade e vieram ao campus, envolvendo-se nas várias atividades preparadas pelo NAPE.
Leonardo Souza é um dos alunos que chega ao Técnico para fazer mobilidade. Veio do outro lado do mundo, mais propriamente da Universidade de São Paulo, e não podia estar mais animado com a jornada que agora começa. “Acredito que será o maior desafio de minha vida até agora”, começa por afirmar. “Escolhi Lisboa pois sempre quis viajar para Portugal e para a Europa. Acredito que Portugal seja um ambiente mais seguro para Brasileiros, pois falamos a mesma língua. Entretanto, posso ter contacto com pessoas de todo o mundo aqui”, assume. Conheceu o Técnico através de amigos que tiveram a mesma experiência de mobilidade no Técnico e deixou-se encantar pelo bom feedback que foi recebendo. “Além disso, as disciplinas do Técnico agradaram-me muito, são super interessantes e atuais”, acrescenta.
Para ter esta oportunidade que considera única fez uma viagem de 13 horas e enfrentou os típicos receios de quem andou pela 1.ª vez de avião. “Sou a primeira pessoa da minha família que veio para a Europa. Nunca tinha andando de avião antes e tive a primeira oportunidade com esta viagem para Lisboa”, confessa. Chegou apenas na terça-feira, mas o que viu e vivenciou levam-no a crer que fez a escolha certa: “Adorei o Tour no Técnico e achei as pessoas todas simpáticas. Em relação a Lisboa, gostei muito do ambiente, das paisagens e também da acessibilidade em relação a dinheiro e transporte”, partilha.
Além de o ajudar a melhorar a fluência em Inglês, Leonardo Souza espera ao longo dos próximos meses em que vai frequentar o mestrado em engenharia do ambiente no Técnico “aprender coisas novas em disciplinas que não são oferecidas no Brasil”. “Quero entender como é abordado a questão da sustentabilidade/ESG [Environmental, Social and Corporate Governance] em Portugal e na Europa e acredito que aqui o conseguirei.
Na manhã desta sexta-feira, 4 de março, aconteceu a habitual “Welcome Ceremony”, que se manteve em formato virtual para que todos os estudantes pudessem assistir à mesma sem terem que se deslocar ao campus. A vice-presidente do Técnico para a Investigação e Assuntos Internacionais, professora Fátima Montemor, fez questão de estar presente para dar as boas-vindas aos novos alunos, lembrando-lhes porque é que estudar no Técnico é claramente uma boa opção. “O Técnico é uma Escola para o mundo, uma escola aberta ao Mundo e é por isso que estamos tão contentes por recebermos cada um de vocês este semestre. Referindo que a Escola capta os melhores alunos nacionais, a docente afirmou que à sua espera estes “estudantes de mobilidade têm um ambiente desafiante com colegas brilhantes”.
A vice-presidente do Técnico partilhou algumas informações sobre a Escola, nomeadamente o posicionamento nos diversos rankings internacionais, os vários domínios de investigação, o forte compromisso com a transferência de tecnologia, e a ampla oferta formativa nos vários ciclos, convidando os alunos a regressaram mais tarde para prosseguirem a sua formação.
De seguida foi a vez de Luís Moreira, coordenador do NMCI, e dos guias do NAPE fornecerem mais algumas informações importantes para este período de mobilidade.
Nem o fim de semana suspende a vontade de acolher da melhor forma estes estudantes e por isso o programa da Orientation Week prossegue pelo fim de semana a dentro com várias atividades culturais e um jantar de boas vindas.