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Clynx distinguido com os EIT Health InnoStars Awards

O projeto de quatro alunos do Técnico destacou-se no concurso da EIT como uma das 25 melhores startups/projetos a nível europeu.

Imagine poder fazer todos os exercícios fisioterapêuticos com a facilidade e o divertimento inerente a um videojogo, e ainda ter como bónus o registo imediato de todos os seus resultados de atividade física diretamente numa plataforma acessível ao seu profissional de saúde. Parece uma boa ideia? Já é muito mais do que uma ideia, dá pelo nome de Clynx, surgiu na mente de quatro empreendedores do Técnico e acaba de ser distinguida como uma das melhores 25 startups/projetos a nível europeu no concurso InnoStars Awards da European Institute of Innovation & Technology Health (EIT).

Joana Pinto, Gonçalo Chambel, João Ramiro e Henrique Carvalho, são os autores do projeto e conheceram-se na JUNITEC (Júnior Empresas do Instituto Superior Técnico), o mesmo sítio onde o projeto começou a ser idealizado e concebido. “Desde então, a JUNITEC tem sido como uma pré incubadora onde pudemos criar um ecossistema muito empreendedor e desenvolver o protótipo inicial da nossa solução”, declara Joana Pinto, a project manager do Clynx.

Inserindo-se na especialidade clínica de Medicina Física e de Reabilitação, o projeto apresenta uma solução inovadora para os pacientes, “possibilitando-lhes o conforto de realizar sessões de reabilitação física nas suas casas, com maior feedback acerca do seu progresso e numa versão mais motivante do que as sessões de fisioterapia convencionais”, sublinha a aluna do Técnico. “Os profissionais de saúde estão envolvidos em todo o processo de tratamento, personalizando os planos de treino e acompanhando o progresso do seu paciente através de um portal online”, acrescenta de seguida. Partindo do conceito de “gamification”, que tem sido utilizado de forma bem-sucedida em múltiplas áreas e em especial na saúde, o Clynx promete tornar os exercícios fisioterapêuticosnuma obrigação realmente divertida, com uma monotorização da atividade sem necessidade de sensores colocados no corpo. “Estes dados são tratados de forma a providenciar um feedback objetivo, disponível no portal web  para o paciente e para o seu profissional de saúde, acerca da progressão”, explica Joana Pinto.

Além do meritório posicionamento, os alunos do Técnico passam com este prémio para o Stage 1 do programa – recebendo 8000€ em smartmoney, com acesso a mentoria e treino nas áreas de desenvolvimento de planos de negócio e de acesso a investimento, e ainda com entrada direta em  dois bootcamps no Instituto Pedro Nunes (IPN), em Coimbra. Foi aliás, a partir de lá que nos responderam a algumas questões, narrando um pouco do ambiente e dos ensinamentos que têm vindo a absorver nestes dias: “Pretendemos incorporar conhecimentos e experiências chave para que consigamos registar um crescimento eficiente e bem-sucedido da nossa startup”, sublinha Joana Pinto.

Os próximos passos da equipa passam exatamente por avançar para o lançamento da startup, aproveitando “de forma sábia” o capital conquistado para participar em “feiras, conferências ou outros eventos que nos permitam conhecer cada vez mais a indústria e o mercado nos quais estamos a atuar, bem como no investimento em mentoria e trainings que nos prepararem para lançar a nossa startup”, adianta a aluna do Técnico com todo o entusiasmo possível e tão justificado por esta conquista.