Campus e Comunidade

Escola de Verão de Astronomia do Técnico acolhe dezenas de estudantes do ensino secundário

Evento foi organizado pela secção de Astronomia do Núcleo de Física do Instituto Superior Técnico e trouxe a Lisboa estudantes de todo o país.

Entre 2 e 6 de setembro, o Instituto Superior Técnico acolheu a sexta edição da Escola de Verão de Astronomia (EVA), uma iniciativa organizada pela secção de Astronomia do Núcleo de Física do Instituto Superior Técnico (NFIST). Foram recebidos mais de trinta estudantes do Ensino Secundário.

A agenda do evento incluiu uma visita ao Observatório Astronómico de Lisboa, observações do céu noturno no telhado do edifício de Física do campus Alameda do Técnico, workshops sobre desenho astronómico e a linguagem de programação Python, sessões de planetário – onde foram abordadas as histórias de algumas constelações, dado contexto sobre coordenadas celestes e explicado como encontrar a estrela polar –, palestras, mesas redondas e até uma noite de quiz.

Para além de elementos do NFIST, a EVA contou também com o apoio logístico de professores e investigadores do Técnico, procurando-se que a atividade não implicasse qualquer custo para os participantes.

Magda Sousa e Ana Augusto são codiretoras da secção de Astronomia do NFIST e alunas de terceiro ano da Licenciatura em Engenharia Física Tecnológica e da Licenciatura em Engenharia Biológica, respetivamente. Ativamente envolvidas na organização do evento, as alunas destacaram a adesão dos estudantes às atividades de observação noturna e às sessões de planetário. Referiram ainda uma sessão improvisada de jogos de tabuleiro – após um cancelamento imprevisto de um dos palestrantes – que acabou por se revelar um sucesso junto dos participantes: “eles adoraram”.

Magda é da ilha Terceira e Ana é de Évora, pelo que se mostram ambas sensíveis ao “quão difícil é a informação chegar” até a alguns estudantes mais afastados. “Queremos ter a certeza que a informação chega a todo o lado no país, portanto é para nós muito importante que os estudantes tenham a possibilidade de estar envolvidos nestes projetos, sem qualquer barreira económica”, frisam. A maioria dos participantes na EVA era composta por estudantes deslocados, havendo inscritos provenientes de sítios tão díspares como a Madeira, o Algarve e o Porto.

“Uns quantos alunos [participantes da EVA] foram colocados este ano em cursos do Técnico”, informa Magda, o que leva Ana a sentir que estão “a inspirá-los e a fazer deles pessoas que podem vir a ser bastante importantes num futuro próximo”. “Enche-nos o coração saber que estamos a impactar a vida deles desta maneira”, acrescenta.