Campus e Comunidade

“Esta associação tem o poder de influenciar e temos que saber aproveitar isso”

A declaração foi proferida pelo engenheiro Manuel Lopes da Costa em mais um jantar da Associação dos Antigos Alunos do Instituto Superior Técnico (AAAIST).

Responsabilidade social, empreendedorismo, cunhagem de moedas e, claro, as vivências do Técnico dividiram atenções, esta terça-feira, 21 de maio, em mais um dos jantares promovidos pela Associação de Antigos Alunos do Instituto Superior Técnico (AAAIST). Rita Wahl, técnica superior do Núcleo de Desenvolvimento Académico (NDA), o engenheiro Manuel Lopes da Costa, antigo aluno e um dos impulsionadores da  Experience Management, e o professor Paulo Martins, docente do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) e investigador do Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC), foram os oradores convidados para partilhar mensagens distintas, mas igualmente importantes.

A passagem pelo Técnico e o percurso que se seguiu, as mudanças no campus e as memórias balizaram as conversas iniciais cujos interlocutores se iam somando e interpolando à medida que os convidados chegavam.

A inaugurar o leque de intervenções esteve Rita Wahl, dando a conhecer o fundo solidário da AAAIST promovido pela associação e a partir do qual se tem oferecido várias bolsas de estudo a alunos com dificuldades económicas. “Estou aqui para vos transmitir a importância destas bolsas para os nossos alunos”, começava por declarar. “No total, 41 estudantes já foram apoiados por este fundo”, apontava de seguida. Depois de explicar a dinâmica que transforma este fundo numa forma de apoiar os alunos do Técnico, e de enfatizar o impacto deste apoio na motivação e estabilidade dos bolseiros, a funcionária apelava à adesão dos alumni a este movimento de responsabilidade social com cunho da escola. “Muitas vezes este fundo é a única esperança destes jovens”, rematava por fim.

O engenheiro Manuel Lopes da Costa encontrou nesta reunião de antigos alunos uma ótima oportunidade de divulgar um dos seus mais recentes projetos: a Experience Management. Mas antes disso foi tempo de realçar o papel que a passagem pela escola teve e ainda tem na sua vida: “Estou casado há muitos anos com alguém que conheci aqui, as minhas filhas vieram para o Técnico e espero que um dia mais tarde os netos também venham”, declarava. “Por isso, e também pelo percurso profissional que construí depois do Técnico posso dizer que esta escola mudou a minha vida”, complementava de seguida. Posteriormente, o alumnus apresentava então esta plataforma que ajudou a fazer a ponte entre as necessidades das empresas e os currículos de pessoas com mais de 50 anos, com um comprovado percurso profissional. “O nosso objetivo é mostrar que estas pessoas continuam a representar valor para as empresas. Atualmente temos cerca de 550 currículos na plataforma da Experience Management”, partilhava o engenheiro Manuel Lopes da Costa. “Não queremos que se desperdice talento”, afiançava de seguida, lançando o desafio aos restantes alumni para passarem a mensagem.  O engenheiro não terminaria a sua intervenção sem antes sublinhar a importância da AAAIST: “Esta associação tem o poder de influenciar e temos que saber aproveitar isso”. “Quantas escolas podem dizer que formaram os governantes, os líderes, os gestores que o Técnico gerou e continua a gerar?! Temos que aproveitar esta nossa rede da melhor forma que pudermos”, rematava.

Depois do jantar, e como habitual, foi a vez de o convidado especial partilhar com os restantes antigos alunos através de uma palestra o conhecimento que detém e os caminhos pelos quais o tem levado. Apesar da sua área de formação ser Engenharia Mecânica, foi sobre um tem mais concreto que professor Paulo Martins debruçou a breve e interessante apresentação. A cunhagem de moedas – uma área em que é especialista, mas da qual é também um apaixonado – foi o tema da breve palestra. O estado da arte, os materiais usados, a força colocada na cunhagem, os protótipos que têm surgido e a colaboração do seu grupo de trabalho com a Casa da Moeda foram alguns dos tópicos que guiaram a apresentação. “A cunhagem é o desafio máximo porque as pressões envolvidas são enormes. No nosso grupo temos muita sorte de poder fazer este trabalho e de colaborar com a Casa da Moeda”, referia o docente do DEM. Depois da interessante apresentação foram muitas as perguntas da audiência, e havia uma que se impunha e não faltou: “com tanto conhecimento e paixão em torno das moedas és também um colecionador?”. O professor Paulo Martins sorria e soltava: “tenho algumas, mas as moedas de ouro são caras, portanto não tantas quanto gostava”.

O jantar terminava com o próximo reencontro entre antigos alunos marcado para breve, uma vez que esta quinta-feira, 23 de maio os alumni do Técnico estão convidados a voltar à escola para o Keep In Touch.

Galeria de Fotografias do Jantar da AAAIST.