Depois de há cerca de um mês dar a conhecer as Boas Práticas do ano de 2021, o Observatório de Boas Práticas do Instituto Superior Técnico (ObservIST) convocou esta terça-feira, 16 de novembro, a comunidade da Escola para um debate enriquecedor sobre os desafios que se impõem à instituição ao nível da integração das pessoas e da inovação pedagógica. A sessão, transmitida via streaming, funcionou como a 2.ª parte do 4.º Encontro ObservIST.
Enquanto membro do anterior Conselho de Gestão do Técnico, o professor Luís Castro, docente do Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos (DECivil) e atualmente vice-reitor da Universidade de Lisboa(ULisboa), desempenhou um papel fundamental na consolidação do ObservIST e a sua intervenção acabaria por demonstrá-lo. Tecendo largos elogios à iniciativa e ao crescimento que a mesma tem logrado, com 70 boas práticas já reconhecidas, o docente sublinhou “a importância de dar a conhecer estes projetos como forma de inspirar outros”. “Além de permitir disseminar estas boas práticas dentro do Técnico, este Observatório tem também permitido dar a conhecer lá fora o trabalho desenvolvido na nossa Escola”, acrescentou.
Na 1.ª mesa redonda da sessão, moderada pelo professor Alexandre Francisco, vice-presidente do Técnico para os Assuntos Académicos, foi possível conhecer melhor algumas das boas práticas de acolhimento e integração de estudantes e de pessoal docente, de investigação, técnico e administrativo que já existem na escola.
A protagonizar a partilha estiveram Carla Boura, representante do Grupo para os Estudantes com Necessidades Educativas Especiais do Técnico Lisboa – GENEE, Carolina Ferreira, coordenadora do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE) que é responsável pelo Programa Mentorado e a Orientation Week, Dulce Belo, investigadora do departamento de Engenharia e Ciências Nucleares (DECN) e representante da boa prática “Social C2TN”, e Gonçalo Moura, colaborador do Núcleo de Desenvolvimento Académico(NDA) serviço responsável pela coordenação do Programa de Tutorado e também do “Shaping The Future”.
Além de dar a conhecer as boas práticas que representam, evidenciando o impacto de cada uma delas no panorama da instituição, cada um dos intervenientes apontou algumas das dificuldades e desafios encontrados, identificando oportunidades de trabalho no futuro e demonstrando a vontade de continuar a inovar e congregar esforços.
Caberia à professora Raquel Aires Barros, docente do Departamento de Engenharia Bioengenharia (DBE), moderar a 2.ª mesa redonda cujo foco seriam algumas práticas pedagógicas reconhecidas no campo do ensino. A professora Ana Moura Santos, docente Departamento de Matemática (DM), daria a conhecer a evolução da plataforma MOOC@Técnico e como esta se ajustou aos tempos de pandemia. A professora Beatriz Silva, docente do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM), evidenciou as mais-valias da iniciativa “Dissertação de Mestrado. Aceitas o desafio?” e os módulos em que o workshop se divide. A coordenadora do NDA, Isabel Gonçalves, explicou como é a iniciativa “Soft Skills NDA” ajuda os alunos a desenvolver competências transversais “beneficiando da parceira entre a engenharia e a psicologia”.
Implementadas nas unidades curriculares que lecionam, as boas práticas “EscapulISTe? Escape Rooms com estudantes da LEIC”, apresentada pela professora Luísa Coheur, docente do Departamento de Engenharia Informática, e “Conservação e Restauro: abordagens, projetos e obras”, exposta pela professora Helena Gomes, docente do DECivil, mostraram como é possível revolucionar a aprendizagem com uma boa dose de empenho e criatividade.
A palavra seria passada à audiência, após ambos os painéis, e ninguém se coibiu de transmitir elogios ao trabalho desenvolvido, nem de partilhar algumas ideias de domínios em que é preciso intervir para que estas duas dimensões possam sair ainda mais valorizadas.
Ao encerrar a sessão, ladeado pela professora Raquel Aires Barros e pelo professor Alexandre Francisco, o vice-reitor da ULisboa incentivou a partilha de mais boas práticas e a conjugação das que já existem. “Tentem que estas várias boas práticas se combinem, através da comunicação, da partilha entre serviços, porque se combinarem estes procedimentos com outras desenvolvidas pelos outros colegas do edifício do lado, o vosso trabalho sairá enriquecido”, defendeu.