A organização das Jornadas de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (JEEC) faz questão de agarrar participantes assim que se entra no Pavilhão Central. Para tal cativaram parceiros dentro e fora do Técnico. E se o pequeno robô do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) capta atenções através dos pequenos movimentos contínuos que realiza, o carro da Formula Student Lisboa (FST) ajuda a retê-las, e mais à frente uma pequena banca informa sobre todo o lote de atividades que não se pode perder. “Empenhamo-nos para nos posicionarmos como as segundas maiores jornadas do Técnico”, afirma António Farracho, coordenador das JEEC.
Tem sido assim desde segunda-feira, 5 de março, e o corrupio criado pelas JEEC em vários espaços do Pavilhão Central só termina hoje, 9 de março. É difícil não querer fazer parte da multidão que durante todos os dias passa pela feira de empresas, seja para questionar, observar ou até jogar. Muitos vêm para ver as diferenças em relação ao dia anterior, afinal o role de empresas presentes nunca foi estático durante os cinco dias. A Unilever, a Vodafone, BNP Paribas e Bosch foram algumas das 40 empresas convidadas a marcar presença. “Tentamos nesta edição trazer todos os dias empresas diferentes para obrigar os alunos a voltar à nossa exposição”, assinala António Farracho. Os que completam diariamente o circuito de bancas habilitam-se a prémios.
No Salão Nobre a atividade continua, mas de outra maneira. Várias palestras dadas pelas empresas ou painéis de discussão que juntam várias perspetivas em torno de uma temática. E não se discute apenas eletrotécnica e computadores, há também argumentos e dos bons para falar de outras temáticas como as saídas profissionais ou o empreendedorismo. Além disto, constam do programa vários workshops e sessões diárias de Matchmaking. “Nestas sessões os estudantes têm oportunidade de contactar com as empresas e, em alguns casos, poderão até encontrar algumas oportunidades de emprego. Por sua vez as empresas dão-se a conhecer aos alunos”.
Os oradores completam o embrulho. John Viega, vice-presidente executivo de produtos, estratégia e engenharia na SilverSky, Alex Schwartz, CEO da Owlchemy Labs ou Patrick van der Smagt, diretor do open-source Volkswagen Group AI Research Lab, contaram com muitos ouvintes nas palestras que lideraram. A pisar o palco estiveram também antigos alumnus que integram empresas de sucesso. Diogo Pires, Head of Blockchain Team na Aptoide veio às JEEC falar do sucesso que tem sido a AppCoins, a Criptomoeda portuguesa que vale atualmente 60,1 milhões de euros. Na sua palestra, o alumnus abordou a evolução da Aptoide e as vantagens do Blockchain.” A Aptoide é um novo conceito de loja de aplicações que está a cativar as pessoas”, frisou várias vezes ao longo da sua apresentação.
“Mais de 400 pessoas passam diariamente pelo Salão Nobre, e acho que estes números dizem tudo”, declara o coordenador das JEEC, salienta ainda que “há prémios diários e café grátis para atrair os menos interessados”. As JEEC encerram esta sexta-feira, 9 de março, com a temática do empreendedorismo. A ocupar o átrio estarão várias startups de sucesso como a Unbabel, a Unono, a Codacy ou a Picma.