A Jungle, uma empresa que integra a Comunidade IST Spin-Off, acaba de captar 1 milhão de euros de investimento. O fundo de capital de risco holandês, que investe em inovações nos setores da alimentação e agricultura, tecnologias limpas, circularidade e materiais inteligentes, reforça o capital da startup que completa assim a ronda de investimento em fase seed, com um total de 3,2 milhões de euros. O financiamento será usado para acelerar o desenvolvimento da plataforma de inteligência artificial, o Canopy, e também para investir na expansão da empresa nos setores das energias renováveis e da indústria.
“Este é mais um passo importante na nossa missão para trazer soluções baseadas em inteligência artificial (IA) para o setor de energia renovável! Este investimento irá acelerar o crescimento da nossa equipa para levar o nosso produto, Canopy, até às mãos de mais clientes”, destaca Sílvio Rodrigues, alumnus do Técnico e cofundador da Jungle.
Tal como a empresa destaca em comunicado para “acelerar o processo de transição energética e cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), é necessário que a produção de energia renovável seja otimizada e que os processos industriais se tornem mais eficientes”. É exatamente neste domínio que a tecnologia da Jungle faz a diferença, permitindo aos proprietários tirar mais proveito dos seus ativos, ao mesmo tempo que mantêm o controlo total sobre os dados por eles gerados. A empresa tem como missão desenvolver as ferramentas mais eficazes do mundo para resolver problemas de subdesempenho dos equipamentos resultantes da complexidade operacional associada aos mesmos.
O Canopy, permite aumentar a produção elétrica nos parques eólicos e solares de grande escala. Tal como explica Sílvio Rodrigues é “uma ferramenta baseada em IA que garante que os ativos renováveis, como, por exemplo, turbinas eólicas, estão de boa saúde e com o desempenho esperado”. A solução reduz o tempo de paragem dos equipamentos, ao detetar falhas antecipadamente. Por outro lado, aumenta a energia produzida, ao assinalar problemas de subdesempenho decorrentes, por exemplo, de redução de produção, desalinhamento e erros de calibração. A plataforma permite obter uma compreensão profunda do desempenho do ativo e do estado dos seus componentes e prolonga a sua vida útil.
Atualmente, a Jungle monitoriza vários gigawatts (GW) de ativos de energias renováveis, para um número crescente de clientes. “Para além da monitorização do estado dos ativos e da otimização da produção, a Jungle fornece também serviços de previsão de produção de energia”, é referido no comunicado da empresa.
Arnoud Kamerbeek, CEO da Jungle, destaca a importância deste financiamento no reforço da equipa em várias áreas-chave, “de modo a acelerar o desenvolvimento e implementação da nossa plataforma Canopy”. “A nossa tecnologia pode ser aplicada a qualquer equipamento que utilize componentes eletromecânicos com sensores. Atualmente, estamos a desenvolver, como horizontes para os próximos anos, aplicações para a indústria pesada e para setores agrícolas altamente tecnológicos”, sublinha.
Com o setor de energia renovável como primeiro vertical da empresa, a empresa está a acelerar a transição do mundo para fontes de energia renováveis. A equipa da Jungle está predominantemente sediada em Lisboa, Portugal. Além de Sílvio Rodrigues, há mais 7 alumni do Técnico a contribuir para este sucesso.