“Estamos aqui para celebrar as ideias malucas dos nossos antigos alunos”, começou por dizer na abertura do 9.º encontro da Comunidade IST Spin-Off®, o professor Luís Caldas de Oliveira, vice-presidente do Técnico para o Empreendedorismo e Ligações Empresariais. O evento teve lugar no salão nobre esta quarta-feira, 22 de novembro, e juntou os representantes das 53 empresas que já integravam a comunidade, assim como alguns alunos e docentes da casa, para receber as três empresas de antigos alunos do Técnico que se juntam ao lote: a Chill Time, a Landing.jobs e a Charge2C-NewCap. “Vou falar-vos um pouco das vítimas de hoje”, introduzia de seguida o professor Luís Caldas de Oliveira. “Uma empresa em volta de uma patente”, “uma start-up que leva pessoas ao mercado” e um “projeto ligado ao ramo dos jogos, mas que não se esgota aí”, foi assim que o vice-presidente do Técnico resumiu as três novas empresas que “com todo gosto vemos juntar-se à comunidade”.
Tomaram depois a palavra os representantes dos três novos membros. Rui Silva, antigo aluno de Engenharia de Materiais, deu a conhecer a Charge2C-NewCap, direcionada para o desenvolvimento de soluções de armazenamento de energia elétrica, com base em super-condensadores. A ideia que cresceu no Técnico, e que hoje está protegida por uma patente, tem registado um crescimento acentuado, a conquista de apoios e investimentos e o alcance de novos mercados, enumerados pelo alumnus, elucidaram bem o potencial da empresa.
A Chill Time foi apresentada por Daniel Vila Boa, Founder e CEO da empresa de inovação de tecnologia e de produto que explicou todo o seu trajeto desde o Técnico até ao momento em que se tornou um empreendedor de sucesso, mas não deixou de partilhar os percalços que pelo meio lhe surgiram. “Não foi planeado tornar-me empresário, as coisas foram acontecendo e o empreendedorismo foi resultado disso”. Uma vinda da Africa do Sul, de onde é natural, para Portugal, em plena adolescência, fê-lo criar uma rede social que o mantivesse ligado às suas raízes. Daí até à criação da net.jovens, aquela que chegou a ser maior rede social de Portugal, foi uma questão de anos. Quando chegou ao Técnico o aluno já era, pois, um empreendedor, mas “foi aprendendo mais e mais, e ganhando ferramentas para poder melhorar os projetos”. A concorrência internacional acabou por fazer o projeto fracassar. A Chill Time é o “resultado de muito trabalho e foco” e se no início a empresa se focava no jogo, o worldwaronline.com, hoje em dia “e fruto das ligações que criamos começamos a ser solicitados como partner tecnológico, desenvolvendo produtos numa perspetiva de joint-venture”, declara o alumnus.
“Houve vários aspetos em que o Técnico influenciou esta história” afirmava Pedro Oliveira, Founder da Landing.jobs. O insucesso de uma cadeira que o levou depois a querer saber mais sobre a área de empreendedorismo e a ligação às empresas que criou enquanto aluno do Técnico foram fatores que acabaram por influenciar o caminho que Pedro seguiu. “Somos uma empresa que coloca o foco do lado do talento, porque é a parte fundamental da equação, e é nele que o mesmo deve estar”, frisou o alumnus do Técnico. “Nós perguntamos às pessoas o que é que eles querem saber”, explicou de seguida. Pedro Oliveira terminou a sua intervenção da mesma maneira que a começou: “Se não fosse o Técnico provavelmente não estaríamos aqui”, reiterou.
Depois da entrega dos diplomas que representa a adesão à comunidade, o presidente do Técnico, o professor Arlindo Oliveira, salientou “o quão gratificante é, estar presente nestas sessões”, referindo o carácter atual das áreas a que estas empresas estão ligadas. “Gostei muito de ouvir o reconhecimento que de alguma maneira nas vossas intervenções passaram ao Técnico, e fico sempre muito sensibilizado com isso”, afirmou o presidente do Técnico, assinalando a importância, a utilidade e a rentabilidade desta rede de parcerias criadas entre estas empresas e o Técnico.