A escola de verão em Física dos Plasmas, PlasmaSurf, organizada pelo Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) continua a conquistar aficionados pela área, transportando os participantes para a beira-mar e presenteando-os com muito conhecimento e diversão. Naquela que foi a 7.ª edição o sucesso repetiu-se com mais de 24 participantes. “A PlasmaSurf já está consolidada”, sublinha o professor Horácio Fernandes, docente do Técnico e um dos responsáveis pela iniciativa. “Pela primeira vez [a PlasmaSurf] decorreu em full-costs para os participantes e mesmo assim teve uma procura normal, complementada pelo curso que se seguiu de ‘Engenharia e operação de tokamaks’”, sublinha o docente.
O nome da iniciativa – inspirado na transferência de energia duma onda sobre uma carga elétrica – reflete desde logo a essência da mesma: uma demonstração no oceano que permitindo aos alunos aprender mais sobre este princípio e não só, com muita dinâmica à mistura. Esta edição decorreu entre 14 e 20 de julho e contou, como sempre, com um grupo de estudantes de diversas nacionalidades e culturas. “Este ano a exceção foram 3 alunos portugueses de entre os 24 participantes”, afirma o professor Horácio Fernandes. A cargo dos vários investigadores do IPFN e dos convidados especiais fica a abordagem de temas como: Introdução à Física dos Plasmas, Lasers de Alta Potência e Ultracurtos, ou os grandes experimentos envolvendo a Ciência de Plasmas. “Os alunos têm aulas-seminários de manhã e cursos práticos à tarde, que incluem experiências remotas. Após as 16h existem atividades de outdoor onde é feito o networking e algum desporto que inclui escalada, canoagem, moutain-board e, claro, surf”, explica o professor Horácio Fernandes. Questionado sobre o momento alto da semana, o investigador do IPFN afirma em tom divertido: “está sempre tudo em alta”.
Ao fim de 7 edições não há dúvidas de que este é um modelo “criador e agregador de gerações de físicos”, como salienta o docente do Técnico. “É interessante começar a notar que os nossos alunos que participaram na PlasmaSurf já conseguem contactos internacionais através dos colegas da escola e vice-versa, alunos que vêm fazer o mestrado e concorrem ao APPLAuSE porque conheceram o Técnico na PlasmaSurf”, assinala, por fim o investigador, não tendo dúvidas do balanço positivo da iniciativa.