Entre praticantes de desporto e dança ao ar livre, cães que brincavam e casais namoriscando nos bancos, o relvado do Jardim do Arco do Cego acumulava já três ou quatro mantas sobre as quais se sentavam dezenas de estudantes do Instituto Superior Técnico. A 3 de outubro, sob um céu carregado (mas que não desmotivou os presentes), teve lugar um piquenique com o objetivo de encorajar o acolhimento e estreitar relações entre os novos estudantes. A iniciativa inseriu-se no Programa Mentorado, promovido pelo Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE) do Técnico, que, no início do ano letivo, a cada novo estudante do Técnico associou mentores (estudantes de outros anos) para auxiliar no processo de acolhimento.
A ideia original não contemplava o Arco do Cego – o evento teria decorrido no Jardim Norte do campus Alameda do Técnico, mas a adesão foi de tal ordem que teve de se recorrer a um espaço maior, que conseguisse acolher os cerca de 40 mentores e 60 mentorandos inscritos. Procurando criar um ambiente descontraído, a agenda incluiu atividades como charadas, desportos de bola e um bingo cujos cartões eram preenchidos encontrando pessoas com características como “consigo fazer o pino” ou “sei falar quatro línguas”, entre outras.
Já com o cartão de bingo quase preenchido, Afonso Ornelas, estudante de 1.º ano da Licenciatura em Engenharia Mecânica, partilha que tem “gostado bastante” da experiência de estudar no Técnico. “Tenho conseguido conciliar bem o estudo e a minha vida social”, revela o aluno. Na integração ao novo ritmo académico, o Programa Mentorado desempenhou um papel importante: “logo no primeiro dia, senti-me em casa”, confidencia.
Constança Simões frequenta o 3.º ano da Licenciatura em Engenharia Aeroespacial e integra a equipa que organiza o evento. “A ideia é estimular os estudantes para que se conheçam uns aos outros e criem laços”, explica, acrescentando que “desde o seu início que o Programa Mentorado tem sido um sucesso; estas pequenas atividades que preparamos criam laços entre os mentores e mentorandos, uma relação que é muito boa”. Refere o seu próprio exemplo – no seu primeiro ano no Técnico, enquanto mentoranda, também participou nestes piqueniques.