Paula Glória, alumna do Técnico e atual diretora da área de desenvolvimento organizacional da Hovione.
Passaram vinte anos desde que Paula Glória deixou o Técnico. Muita coisa aconteceu desde então, mas mantém a mesma ideia que em 1992 a fez ingressar nesta escola: “o Técnico é uma escola de excelência”. Escolheu Engenharia e Gestão Industrial sem hesitar, mesmo sendo os primeiros anos em que o curso funcionava. Não podia deixar fugir “a oportunidade de arriscar e ingressar em algo novo, e que ao mesmo tempo nos dava tantas perspetivas de sucesso”, conta a alumna. Sabia que este misto de engenharia, gestão, marketing e recursos humanos só podia funcionar, “ainda por cima nesta instituição”. Resultou na perfeição e isso reflete-se no abrangente percurso profissional que tem construído.
Experimentou o marketing, os recursos humanos, a estratégia e a gestão de sistemas, em áreas tão diferentes como a indústria do tabaco ou a consultadoria. Hoje em dia é na Hovione, uma empresa portuguesa especializada na área da ciência da saúde que é feliz, acabando por se “apaixonar pelo lado da gestão e pelo lado das pessoas”. “Acho que tenho a melhor função do mundo”, partilha a diretora da área de desenvolvimento organizacional da Hovione.
Dos tempos do Técnico, recorda os bons momentos da vida de estudante, a exigência do curso, o ambiente ainda masculino que predominava na escola, “apesar de já haver muitas mulheres, ainda era uma ousadia ser demasiados feminina, porque isso despertaria logo olhares e comentários de reprovação”, recorda a engenheira. Hoje, ao percorrer os corredores do Técnico, denota algumas diferenças “nesta casa”, sendo a presença feminina uma delas.
“Enérgica, adepta de desafios, das mudanças, predisposta a aprender, com uma vontade incessante de fazer coisas, de querer ir mais além”, é assim que se carateriza enquanto profissional. Uma construção que começou no Técnico, de onde retirou “tudo”. “O facto de nesta escola ter tido contacto com tantas áreas diferentes, preparou-me e incentivou-me para que ao longo da minha carreira eu pudesse e quisesse fazer qualquer coisa”, frisa.