Cinco dos onze novos membros da Classe das Ciências do Seminário de Jovens Cientistas são professores e investigadores do Instituto Superior Técnico. Os nomes de Emmanuel Zambrini Cruzeiro, Frederico Fiúza, Hugo Terças, Marco Piccardo e Tina Keller-Costa foram divulgados pela Academia das Ciências de Lisboa para o triénio 2024-2026, juntamente com outras figuras de relevo na comunidade científica portuguesa. Integram, desta forma, uma lista de jovens cientistas com “currículo académico e profissional da máxima distinção” e “já com reconhecimento internacional”.
Emmanuel Zambrini Cruzeiro, do Instituto de Telecomunicações, desenvolve investigação na área das comunicações quânticas, integrando uma equipa recentemente premiada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda pelo seu trabalho em métodos de autenticação segura.
Frederico Fiúza é professor de Física de Plasmas no Técnico e, em outubro do ano passado, foi nomeado fellow da Sociedade Americana de Física pelos seus contributos neste ramo, em particular na geração de partículas energéticas a partir de choques sem colisões, reconexão magnética e instabilidades magnetohidrodinâmicas (MHD).
Hugo Terças, membro do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear, também é professor do Técnico, lecionando Física dos Plasmas Avançada. Em 2020, publicou um artigo destacado na revista Physical Review D onde sugere um novo método para a produção de axiões em laboratório.
Marco Piccardo, igualmente professor do Técnico e investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores para os Microsistemas e Nanotecnologias (INESC MN), assinou um artigo publicado este ano na revista Nature onde são estudados os solitões – ondas solitárias de laser que poderão ser utilizadas à escala de chips.
Tina Keller-Costa é investigadora do Instituto de Bioengenharia e Biociências (iBB). O seu trabalho incide sobre micro-organismos aquáticos, o seu papel nas relações simbióticas com outros organismos e a sua importância na ecologia microbial marinha.
Com o objetivo de “incentivar a ligação à Academia das Ciências de Lisboa de jovens cientistas de excecional mérito”, o Seminário de Jovens Cientistas é composto por investigadores entre os 30 e os 40 anos. Segundo a própria Academia, este Seminário “é incentivado a desenvolver atividades de natureza transdisciplinar e de relevância social, produzindo documentos que possam ser utilizados pelos decisores de política científica e pela sociedade em geral”.