Campus e Comunidade

“Sejam sempre criadores de futuro”

O desejo é de um antigo aluno do Técnico que interveio na cerimónia do Dia da Graduação, que pela primeira vez teve como palco a Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa.

A história da edição de 2017 do Dia da Graduação do Técnico podia bem resumir-se à frase evocada durante a cerimónia de sábado passado, 25 de novembro, pelo Vice-reitor da Universidade de Lisboa(ULisboa) , o professor António Feijó, e que citando Fernando Pessoa tentava traduzir as sensações do momento: “Por vezes sentimo-nos bem depois de um dia em que trabalhamos muito”. Mas nada traduz melhor o evento do que os sorrisos dos familiares e amigos que decoraram a audiência da Aula Magna, ou a expressão convicta e triunfante dos 299 graduados enquanto desciam a escadaria do Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, em busca dos diplomas que simbolizam o final desta etapa.

Depois da entrega dos mesmos pelos respetivos coordenadores de curso, e já sentados nas primeiras filas, foi altura de os finalistas ouvirem as palavras que os intervenientes da cerimónia preparam exclusivamente para os saudar. A primeira intervenção conduzida pelo professor Arlindo Oliveira, presidente do Técnico, começou exatamente por aí: o endereçar de felicitações aos que terminaram este percurso. Lembrando-lhes “a sorte” de terem estudado “na melhor escola de engenharia do país, uma das melhores escolas de engenharia da Europa e do mundo”. O mais importante desta etapa “é saber que saem daqui com as ferramentas mentais para contribuírem para o avanço da ciência, da técnica e da sociedade”, assinalou o professor Arlindo Oliveira. “É saberem que têm todas as condições para desempenhar funções que são não só economicamente compensadoras para vocês, mas acima de tudo interessantes e estimulantes”, acrescentou. “Terão empregos que vos vão fazer vibrar e poderão fazer as escolhas que quiserem. O mundo está agora à vossa disposição”, concluía de forma entusiástica.

Como não podia deixar de ser, porque a essência do dia assim o exigia, foi dada a palavra a um dos recém-graduados, João Pires. “O Técnico é uma escola especial, uma escola onde a aprendizagem e a formação andam de mão dada com algum sacrifício, recompensa, felicidade, frustração, vontade de mais, amizade e, até para alguns, paixão”, declarava João Pires. O recém-graduado falou quase sempre no plural, representando os demais, e afirmou por isso que “não tenho dúvida, qualquer um de nós vai fazer o melhor que pode para fazer a diferença”. “O futuro espera-nos e o que o Técnico espera de nós é que nunca nos esqueçamos do que nos faz mover”, rematou.

Foi desse mesmo futuro, mas não só, que o alumnus Joaquim Sérvulo Rodrigues, Chairman e CEO na Armilar Venture Partners SCR, falou. Entre conselhos, tocou nas áreas que delimitarão o futuro, deu o exemplo de pessoas inspiradoras que foi conhecendo ao longo do seu percurso profissional, partilhou algumas das suas experiências , e não esqueceu de relembrar os episódios menos positivos “que na maioria das vezes servem de porta para o sucesso”. Relativamente ao Técnico que definiu como “um amplificador da nossa liberdade”, referiu que no seguimento do mesmo “ provavelmente vão ser confrontados com melhores opções profissionais do que se tivessem estudado em outro lado, mas sobretudo porque quaisquer que sejam as vossas opções estão equipados com muito boas ferramentas para serem muito bem-sucedidos”.  No final, e em jeito de conselho transmitiu aos finalistas a sua vontade de que “onde quer que estejam, o que sinceramente vos desejo é que sejam sempre criadores de futuro”.

Terminada a cerimónia, entre fotografias de grupo, felicitações e um orgulho que se refletia antes de tudo nas expressões, conseguimos traduzir o entusiasmo em algumas palavras. “Acho que este dia da graduação é uma excelente ideia, e a Aula Magna transmite todo um cenário grandioso, e por tudo isto estou muito feliz”, explicava Aura Franco, graduada do Mestrado em Microbiologia.  “É muito gratificante ter este diploma na mão, foi um percurso difícil, mas está feito e é o que interessa”, adiciona.  Uma dificuldade que Francisco Teles, graduado do Mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores , também referiu: “é um alívio depois de cinco anos de trabalho bastante duro, muitas noitadas, muito estudo, muito esforço, muito tempo que não tive, saber que agora sou compensado com este diploma que vai ter um impacto bastante bom no meu futuro”. O agora alumnus do Técnico não hesitou em referir que por tudo isto e acima das dificuldades “voltaria, sem dúvida, a escolher o Técnico”.