A Sensei, uma startup que tem na sua génese ADN do Técnico, levantou 5,4 milhões de euros numa ronda de financiamento seed (semente), liderada pelo fundo de capital de risco Seaya Ventures e pelo fundo de investimento nacional Iberis Capital. O financiamento contou ainda com a participação do Fundo 200M, gerido pelo Banco Português do Fomento, e do repetente LeadX Capital.
Com o capital levantado, a startup criada pelo professor Paulo Carreira, docente do Departamento de Engenharia Informática (DEI), e os alumni do Técnico, Vasco Portugal, Joana Rafael e Nuno Moutinho, irá investir no desenvolvimento do produto, na implementação de novas lojas autónomas e na expansão da equipa de 30 pessoas, que a empresa quer duplicar.
Segundo o comunicado da empresa, que se baseia em dados da plataforma Crunchbase, esta é “a maior ronda de financiamento na fase seed realizada até agora por uma empresa portuguesa” e “a maior ronda seed levantada na Europa por uma empresa graduada da aceleradora Techstars”. A Sensei é também “o primeiro fornecedor europeu de tecnologia para o retalho autónomo a conseguir financiamento de capital de risco”, informa a startup.
Fundada em 2017, a Sensei criou uma tecnologia que permite automatizar as lojas físicas, possibilitando aos clientes fazerem compras de forma mais rápida e conveniente, uma vez que estes podem comprar sem recurso a scanning de produtos, pagamentos físicos (que são processados de forma 100% digital e automática) ou caixas de checkout.
Em comunicado, o alumnus do Técnico e cofundador da startup, vinca a ambição da startup “de mudar para melhor a forma como fazemos compras e vamos usar este financiamento para expandir a plataforma do Sensei e a experiência de compra suportada por Inteligência Artificial para todos”. “A tecnologia da Sensei permite que os retalhistas tradicionais compitam ao mesmo nível com gigantes digitais como a Amazon. O nosso objetivo é melhorar fundamentalmente a experiência de compra em loja, convertendo-a numa experiência mais agradável e conveniente, erradicando os problemas crónicos do retalho, nomeadamente o tempo perdido em filas para pagar, e devolver aos clientes o controlo do seu tempo”, salienta Vasco Portugal.
Atualmente, a empresa opera “com retalho alimentar, lojas de conveniência, grab-and-go estações de serviço” e “outros formatos de retalho” e “está ativamente em expansão nos mercados europeus, incluindo Reino Unido, França, Alemanha, Portugal e Espanha”.
A tecnologia desenvolvida pela Sensei é apoiada por câmaras, sensores e algoritmos de inteligência artificial, sendo praticamente invisível aos olhos do cliente.
As vantagens não se ficam por aqui, e a tecnologia traz também inúmeras vantagens aos retalhistas, permitindo-lhes um controlo de inventário em tempo real, gestão do número de clientes em loja e um melhor entendimento das suas preferências, podendo avaliar todos estes dados em tempo real de modo a melhorar a experiência de clientes e trabalhadores em loja.
Recorde o testemunho de Vasco Portugal sobre esta jornada de empreendedorismo numa das edições das Alumni E.Stories.