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Sessão das IP Talks@Técnico cativou dezenas de participantes

Através da experiência e conhecimento da coordenadora do Núcleo de Propriedade Intelectual foi possível esclarecer várias dúvidas e cimentar conhecimento em torno da patenteabilidade das invenções.

 

Realizou-se esta quarta-feira, 17 de fevereiro, mais uma sessão da série de “IP Talks@Técnico” que procuram reforçar o conhecimento e esclarecer as dúvidas da comunidade do Técnico acerca da Propriedade Intelectual. O evento decorreu através da plataforma Zoom e contou com mais de 80 participantes, entre alunos de mestrado, doutoramento, investigadores e docentes.

Conduzida pela coordenadora do Núcleo de Propriedade Intelectual do Técnico (NPI), Patrícia Lima, a sessão de esclarecimento serviria para dar resposta a várias questões relevantes que se colocam a qualquer inventor que pretenda proteger a sua ideia. O evento foi bastante interativo, com os participantes a intervirem permanentemente de forma a esclarecer todas as  dúvidas.

A importância das patentes foi desde logo realçada pelo vice-presidente do Técnico para as Ligações Empresariais e Operações, professor Pedro Amaral, que abriu a sessão. O docente reforçaria a importância deste evento que pretende desafiar os participantes a pensar “melhor o que são patentes, o que é patentear e como podemos fazer este caminho”,  ajudando “a perceber melhor alguns aspetos e a reforçar algumas ideias”. O vice-presidente do Técnico salientou ainda que as patentes têm que ter um objetivo, lembrando que as mesmas não podem ser feitas como se tratasse de um artigo científico, e reiterou a importância de “protegermos o que estamos a fazer” para que possamos usufruir dos devidos direitos.

Posteriormente a coordenadora do NPI tomaria a palavra para, de forma muito clara, explicar o que diferencia as patentes dos modelos de utilidade, enumerando e ajudando a entender em que consiste cada requisito de patenteabilidade: a novidade, a atividade inventiva e a aplicação industrial. Pegando nas palavras do vice-presidente do Técnico, Patrícia Lima sublinhou que as “patentes não são artigos científicos, elas têm um objetivo que passa por serem comercialmente exploráveis”. “Basicamente, o objeto da invenção tem de ser capaz de ser produzido ou utilizado em qualquer tipo de indústria”, acrescentou.

Referindo que este é um processo trabalhoso e que pode ser demorado, Patrícia Lima alertou que nenhuma invenção dever ser divulgada ao público por qualquer forma ou meio, antes da apresentação do respetivo pedido de patente, ou do pedido de modelo de utilidade. Além de abordar os direitos e benefícios do titular, a oradora forneceu ainda algumas dicas sobre como devem ser redigidos os pedidos de patente.