O Instituto Superior Técnico inaugurou, a 15 de setembro, a Sala Projetos Integradores (PIC), que contou com o apoio da Caixa Geral de Depósitos (CGD). No mesmo dia, foi assinada a renovação do Protocolo da Rede de Parceiros do Técnico, entre as duas instituições, que dura há já mais de uma década. A cerimónia decorreu no Centro de Congressos do campus Alameda do Técnico.
“A Caixa Geral de Depósitos e o Técnico têm uma longa e profunda colaboração”, começou por afirmar Rogério Colaço, Presidente da Escola, concretizando que esta se tem “traduzido essencialmente em dois vetores: o apoio às iniciativas e às atividades que o Técnico e a Universidade de Lisboa não poderiam fazer sem o apoio de parceiros privados externos e uma componente de grande relevância de apoio aos nossos estudantes, de apoio ao talento e de contribuição para impedir que talento não conclua as suas formações por falta de condições financeiras”.
Sobre o espaço que seria apresentado ao público, momentos depois, o Presidente do Técnico considerou “a sala PIC uma mudança muito significativa que nos permite concretizar mais, consolidar mais a reforma na formação na educação dos estudantes [iniciada] há três anos”. Com esta sala, pretendeu-se “criar infraestruturas e condições para que os estudantes possam trabalhar durante a sua formação em condições de projeto colaborativo”, concluiu Rogério Colaço.
A Sala Projetos Integradores simboliza que “quer o Técnico quer a Caixa entendem que a pedagogia é algo em que vale a pena investir”, defende também Miguel Cacho Teixeira, presidente do Conselho Pedagógico do Técnico. “O Técnico tem feito um esforço muito grande no sentido de revolucionar a forma como transmitimos conhecimento e construímos conhecimento em conjunto com os nossos estudantes”, garantiu. “Com a reformulação que foi feita quer dos curricula, quer dos métodos de ensino do Técnico, nós revolucionámos a nossa educação”, acrescenta. A partir daí, todos os cursos do Técnico passaram a concluir-se com um Projeto Integrador”, sendo a sala um espaço facilitador para a realização desses projetos.
“Nada melhor do que transformarmos dentro de casa com quem vive aqui dentro e trabalha aqui dentro”, assegurou Miguel Amado, Vice-Presidente para a Sustentabilidade e Infraestruturas, explicando que se tentou “transformar uma infraestrutura já um pouco antiga em algo útil para os estudantes poderem interagir, debater diferentes problemas reais que têm de ter uma solução e em que a sua prática pedagógica pudesse ser induzida”.
Os Projetos Integradores assumem hoje um papel central e diferenciador no percurso académico dos estudantes do Técnico, funcionando como trabalhos finais de licenciatura com forte ligação ao mercado de trabalho, por serem projetos de engenharia.
Paulo Moita de Macedo, presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos, afirmou, no seu discurso, que o Técnico é um “raro exemplo de familiaridade” e que “o prestígio das grandes escolas está no facto de serem reconhecidas, de terem construído uma história baseada na seriedade e na exigência”. “Não precisam de grandes nomes, nem designações pomposas”, acrescenta. Reiterou ainda o apoio da instituição ao Técnico que, este ano letivo, conhecerá um incremento de 100 mil euros, de 150 para 250 mil euros.
O protocolo entre a Caixa Geral de Depósitos e o Instituto Superior Técnico inclui o apoio à realização de atividades de divulgação STEM em mais de 220 escolas, IP Talks – com quatro sessões anuais de esclarecimento em propriedade industrial, o Concurso de Apoio às Atividades Extracurriculares dos Núcleos de Estudantes (101 prémios atribuídos em 10 edições, 125.000€), o apoio a publicações IST Press e ao Programa Digital+ para modernização tecnológica e digital na formação superior.
Também Luís Ferreira, Reitor da Universidade de Lisboa (ULisboa), agradeceu a ambas as instituições. Ao Técnico “pelo seu papel de liderança a nível nacional e dentro da universidade”, assegurando que a sua dimensão na Universidade “não é um problema é sempre uma solução”. À Caixa Geral de Depósitos por sempre apoiar a Universidade e pelo “apoio permanente à cultura na ULisboa”.