O trabalho de investigação e desenvolvimento (I&D) que tem tido lugar no Técnico, ao longo dos últimos cem anos, teve um impacto duradouro na economia e sociedade portuguesas. Muitas grandes empresas, em todas as áreas da engenharia, foram criadas como consequência de trabalho desenvolvido no Técnico. A qualidade técnica do trabalho desenvolvido na escola fala por si e é amplamente reconhecida em todos os domínios de atividade do Técnico, que vão da engenharia civil e mecânica às tecnologias de informação e comunicação, cobrindo a maioria das outras áreas de engenharia.
Contudo, e felizmente para o país, a ciência em Portugal desenvolveu-se tremendamente durante as últimas décadas, e o Técnico já não é o único agente relevante nas áreas da ciência, tecnologia e engenharia. Existem muitas outras instituições, nestes e noutros campos, que desenvolvem trabalho excelente, e que se tornaram muito conhecidas internacionalmente.
O Técnico mantém-se, no entanto, a instituição portuguesa mais importante nas áreas em que desenvolve a sua atividade. Os mais recentes rankings, que incluem o ranking de Xangai e o ranking US News, listam consistentemente a engenharia da Universidade de Lisboa (isto é, o Técnico) como a melhor no país, entre as cem melhores do mundo e as vinte melhores da Europa. Tirando a Matemática (que também faz parte do top 100 no ranking US News), nenhuma outra área tecnológica aparece em posições relevantes nestes rankings. Muitos outros campos que têm, merecidamente, tido grande cobertura mediática, como a medicina, a economia, a gestão e as ciências sociais estão, apesar disso, muito menos desenvolvidos que os campos da engenharia e da matemática, onde o Técnico desempenha um papel fundamental.
Se olharmos para a investigação de maior impacto desenvolvida em Portugal, olhando, por exemplo, apenas para os artigos mais citados na Web of Science, o Técnico ocupa o terceiro lugar nacional, atrás apenas da Universidade de Lisboa (que inclui o Técnico, que contribui com cerca de metade da produção desta) e da Universidade do Porto. Ambas são muito maiores e cobrem um muito maior número de áreas que o Técnico.
O Técnico também tem sido extraordinariamente eficaz a garantir financiamento para as suas atividades de I&D a nível nacional e internacional. No importante e competitivo Sétimo Programa-Quadro da Comissão Europeia, o Técnico e os institutos privados de investigação que controla obtiveram contratos num total de 69 milhões de euros, o que representa mais de 22% do total concedido a instituições de Ensino Superior em Portugal. Isto contrasta fortemente com o financiamento público direto das universidades por parte do Estado, onde o Técnico custa menos de 5% do total do orçamento total para instituições de Ensino Superior.
A qualidade do trabalho desenvolvido pelo Técnico tem impactos diretos nos ganhos económicos do país. As empresas que utilizam os recursos humanos altamente qualificados produzidos pelo Técnico, as empresas criadas por investigadores da escola (incluindo as mais de 40 que integram a Comunidade IST SPIN-OFF) e os projetos desenvolvidos pelo Técnico em cooperação com outras empresas contribuem com uma fração muito significativa da produção económica do país no setor tecnológico, multiplicando cada euro investido. É da maior importância que as políticas públicas reconheçam estes factos e apoiem mais efetivamente o desenvolvimento da ciência e tecnologia que são essenciais para a competitividade de Portugal e da Europa.