O otimismo, a confiança de que o trabalho feito será prosseguido, e a vontade de superar os desafios futuros, continuando a projetar o nome do Técnico além-fronteiras, dominaram o clima e os discursos da cerimónia de tomada de posse do presidente do Técnico, professor Rogério Colaço. Nem o facto de este ser o segundo dia do novo ano foi um obstáculo a um Centro de Congressos repleto e uma plateia diversa e desejosa de saudar o novo presidente da escola e a sua equipa.
O professor Arlindo Oliveira, presidente cessante, abriria a sessão, começando por agradecer a todos os que colaboraram com a sua direção “pelo trabalho e dedicação que colocaram na gestão da escola”. Fazendo uma análise daquilo que foi o seu mandato e os numerosos desafios superados, o professor Arlindo Oliveira declarou que no período em que liderou o Técnico “continuámos a afirmar-nos como uma escola de referência a nível nacional na área da engenharia, ciência, tecnologia e arquitetura, a atrair os melhores candidatos e alunos do país nestas áreas”. “Foram 8 anos bons para o Técnico, e foi uma honra e um privilégio ter tido a oportunidade de servir como presidente”, destacou. Dedicando algumas palavras ao novo presidente “com vastas provas dadas e um grande conhecimento da escola”, e partilhando a sua felicidade por esta passagem de testemunho ser feita “em condições tão pacíficas, cooperantes e construtivas”, o docente desejaria as maiores felicidades à nova equipa do Conselho de Gestão que “continuará a levar o Técnico para a frente”. Por fim, manifestou a sua disponibilidade para continuar a colaborar no que for preciso. A plateia responderia com um aplauso demorado demonstrando o reconhecimento do trabalho realizado.
Depois de devidamente empossado pelo reitor da Universidade de Lisboa, professor António Cruz Serra, o professor Rogério Colaço começaria o seu discurso manifestando os sentimentos que o dominam ao assumir este cargo. “Tomar posse como presidente do Técnico é a maior honra e a maior responsabilidade que alguma vez tive na minha vida profissional”, disse. Frisando a importância da produção do conhecimento e da disponibilização do mesmo para o desenvolvimento das sociedades, o docente lembrou que este tem sido um desígnio do Técnico desde a sua criação por Alfredo Bensaude. “O Técnico é uma escola que cria, divulga, transmite e aplica conhecimento científico e tecnológico, virada para o futuro, aberta à sociedade, segundo aqueles que são os melhores e mais exigentes padrões e práticas internacionais”, vincou.
Apontando alguns dos “enormes desafios” que se impõem nesta terceira década do Século XXI e aos quais o Técnico não estará alheio, o novo presidente sublinhava que a escola tem “que estar preparada para poder continuar a dar resposta a estes e aos restantes desafios da atualidade. Não é tarefa fácil, nunca o foi, mas é possível”, apontou, assegurando que para tal serão essenciais o empenho e a capacidade de acreditar. Recordando que o financiamento público para as instituições de ensino continua a ser uma questão alarmante, e que por isso é cada vez mais decisiva a “capacidade de obtenção de receitas próprias”, o professor Rogério Colaço afirmaria que para tal conta “com a confiança que é, e sempre foi, depositada no Técnico pelos seus parceiros, pelas diversas entidades financiadoras e parceiros de investigação, pelos clientes de serviços do Técnico, pelos seus estudantes e pelas suas famílias”. O novo presidente terminaria agradecendo aos colegas que cessam funções, transmitindo “uma palavra de encorajamento” à sua equipa, e congratulando o seu antecessor “pela forma visionária e corajosa como dirigiu esta casa”. Assumindo que a tarefa que assume não é fácil, o professor Rogério Colaço partilharia- e como foi fazendo sucessivamente ao longo da sessão- a sua visão otimista de que “vai correr tudo bem”. “Otimismo, vontade e determinação não nos faltam”, expôs. “Contamos com todos, porque todos somos Técnico”, proferia com entusiasmo.
Seguir-se-ia a primeira ação oficial do professor Rogério Colaço como presidente, reempossando o professor Luís Oliveira e Silva e a professora Raquel Aires-Barros como presidentes do Conselho Científico( CC) e Conselho Pedagógico (CP), respetivamente.
O professor Paulo Martins, presidente do Conselho de Escola, usaria da palavra para agradecer ao professor Arlindo Oliveira “o trabalho e grande dedicação ao longo dos últimos anos” e também ao professor Rogério Colaço pela “disponibilidade para exercer agora esta função”. “Trata-se de um cargo que exige uma dedicação total e que irremediavelmente vai acarretar grandes sacrifícios da sua atividade de professor e investigador, mas também da sua vida pessoal e familiar”, vincou. Não esquecendo os restantes elementos que integram a equipa de gestão e cujo “nível de altruísmo tem a mesma ordem de grandeza”, o professor Paulo Martins aproveitou o momento para partilhar algumas das expetativas que recaem sobre a equipa agora empossada. No meio dos tantos desafios que se impõem à nova direção, o docente pediu que não seja esquecida “a infraestrutura experimental essencial, que precisa ser atualizada e reforçada, e que é essencial para cumprimento da missão do Técnico”.
A sessão terminaria com uma intervenção breve do reitor da Universidade de Lisboa. Também o professor António Cruz Serra manifestou o reconhecimento para com o trabalho do presidente cessante do Técnico e da sua equipa, exteriorizando o agrado por ver “o professor Rogério Colaço assumir estas funções”. “Eu sei que conto com ele em todas as lutas contra a burocracia e pelo aumento do financiamento público”, vincava a determinada altura. Acerca desta temática e recordando o recente contrato de legislatura assinado com o governo, o reitor assegurava que este apesar de não ser o desejado, permite apesar de tudo “uma estabilidade de gestão ao longo da legislatura, e com a vantagem adicional de nos livrar das cativações”. Por fim, o reitor ressaltaria que conta com todos na construção de um Ensino Superior melhor e com mais condições, porque como faz questão de lembrar sempre “Portugal só será um país melhor se tivermos melhores universidades”.
Na cerimónia tomariam ainda posse os restantes membros do Conselho de Gestão: os(as) vice-presidentes professores(as) Alexandre Francisco (Assuntos Académicos), Fátima Montemor (Investigação e Assuntos Internacionais), Fernando Mira da Silva (Informática), Helena Galhardas (Campus Tagurpark), Helena Geirinhas Ramos (Assuntos Administrativos), Isabel Dias (Finanças), José Marques (Campus Tecnológico e Nuclear), Luís Correia (Parcerias Empresariais e Técnico+), Pedro Amaral (Instalações e Equipamentos) e o administrador dr. Nuno Pedroso. A professora Isabel Ribeiro que integrará também a nova equipa de gestão da escola, e ficará responsável pela pasta da Modernização Administrativa, tomará posse posteriormente.
O vídeo da Cerimónia de Tomada de Posse pode ser visto aqui.