A distância entre Brasil e Itália não era mais de 10 passos, no Internacional Day do Técnico, que se realizou esta quarta-feira, 11 de outubro, e que contou com mais de 35 universidades internacionais. Os cerca de 1200 alunos que embarcaram na viagem, vinham à procura de respostas acerca das condições de mobilidade que estes parceiros do Técnico têm para lhe oferecer. Do outro lado das bancas os representantes das universidades estrangeiras tentavam acomodar-lhes as dúvidas e convencê-los a “viver a experiência”, como tantas vezes se ouvia.
O Pedro e o Gonçalo, dois alunos de engenharia civil resolveram vir até à feira mesmo sem saberem se querem fazer mobilidade, porém “se for para ir o Brasil é uma grande hipótese”. Passaram pelas várias bancas e quiseram saber tudo: “perguntamos sobre o estilo de vida, o tipo de acordo com o Técnico, as bolsas que estão disponíveis, as aulas e a dificuldade que lhes pode estar inerente”, partilha Pedro. “Esta é uma decisão que tem que ser muito bem ponderada”, acrescenta Gonçalo. Quanto à iniciativa acham ambos uma ótima ideia, e “uma ótima forma de termos um conhecimento mais próximo daquilo que lá nos espera”, concluem os alunos, antes de partirem para mais uma ronda de perguntas.
Zhou Mi, gestora do Gabinete Internacional da Beihang University em Beijing, na China, foi uma das mais abordadas pelos alunos do Técnico. “Já existe uma grande mobilidade de alunos, mas pretendemos aumentar a mobilidade de docentes com o Técnico”, sublinhou. Marcelo Alves, representante da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, e umas bancas à frente, mas nem por isso menos procurado pelos estudantes do Técnico, comentou “o grande prestigio do Técnico no Brasil”. “Há muitas famílias que até vendem o automóvel e utilizam todas as suas economias para possibilitar aos seus filhos estudar no estrangeiro”, partilha. Tudo isto porque é sabido que “esta experiência internacional aumenta as chances de empregabilidade dos seus filhos”, ressalva.
A dimensão do evento, assim como a adesão dos alunos ao mesmo, não deixou ninguém indiferente, como se denota nas afirmações Gweraelle Guillerme, secretária-geral da T.I.M.E: “estamos muito satisfeitos com a organização do International Day porque permite às instituições promoverem os seus programas e o recrutamento de alunos”. “O Técnico tem sido um dos mais ativos elementos da organização”, reiterou a secretária-geral da T.I.M.E. Uma opinião partilhada por Harald Olk, diretor da Universidade Técnica de Munique, que considera que este foi um dos “melhores eventos internacionais” em que participou, não só pela diversidade, mas também pela “qualidade dos estudantes”.
Ao longo de oito horas desta maratona de ajustamento entre as vontades dos alunos e as oportunidades que as universidades oferecem, foram vários os alunos que ficaram “prometidos”, outros “quase” convencidos. À saída do recinto da feira levavam a “informação necessária”, “menos dúvidas” e “o bichinho para tentar ingressar na aventura”. Os representantes, por sua vez, nunca se cansavam de dizer “vemo-nos em breve”.