Os projetos disruptivos e a vontade de os fazer chegar ao mercado e à sociedade dão, ano após ano, mais sentido ao Lab2Market@Técnico – um programa de aceleração de inovação organizado pelo Técnico em colaboração com a everis e a i-Deals. De edição para edição revela-se o talento que reside nos vários laboratórios do Técnico e o potencial das ideias geradas pelos investigadores e alunos da escola, como ficou bem patente na sessão de encerramento do programa que decorreu na passada segunda-feira, 24 de junho. Além de reiterar as enormes valências dos cinco projetos que integraram a edição 2019 do programa de aceleração, o evento foi um palco de partilhas das lições aprendidas e de alinhamento de estratégias para o futuro.
Depois de 250 horas de mentoria – entre abril e junho – e muita aprendizagem com as equipas da everis e da i-Deals, chegara o momento de apresentar as geniais ideias, a partir de uma exposição onde não restem dúvidas sobre as propostas de valor dos projetos, as potencialidades de mercado que lhes estão inerentes e claro não esquecendo o importante plano de negócios a seguir. Foram cinco os projetos que integraram esta segunda edição da iniciativa: “PEGASUS – Plasma Enabled and Graphene Allowed Synthesis of Unique nanoStructures”, “MARIA: Mobile Application for Radiation Intensity Assessment”, “ Additive Manufacturing using multiple independent print heads”, “Intelligent food packaging” e “Ni(II) catalysts for hyperbranched polyethylene”. António Brandão Vasconcelos, chairman da everis Portugal, Rodolfo Condessa, Senior Associate da Armilar Venture Partners, Luís Caixinhas, Trademark and Patent Attorney na Inventa International, e Carla Patrocínio, coordenadora da Área de Transferência de Tecnologia do Técnico, integraram o júri, com quem as equipas partilharam as lições aprendidas ao longo de todo o programa.
Um a um, os porta-vozes de cada equipa expuseram os mais variados argumentos para demonstrar as capacidades dos projetos e o caminho que estão dispostos a trilhar nesta entrada no mercado. Um método que faz do plasma a tecnologia chave para a obtenção de grafeno de alta qualidade; uma aplicação móvel que permite criar um mapa de radioatividade; um sistema que permite aumentar as dimensões de uma peça ou aumentar o volume de produção sem aumentar o tempo de fabrico, garantindo o mesmo rigor; um corante comestível que ao ser integrado nas embalagens dos produtos permitirá saber o grau de deterioração dos mesmos; e um novo método de desenvolvimento de catalisadores ativos, foram as ideias por detrás de cada um dos projetos e que ao longo do programa de aceleração foram aprimoradas ao longo do programa de aceleração, como os líderes das equipas fizeram questão de salientar. “Este programa permitiu-nos, entre outras coisas, estabelecer contactos que nos podem ajudar a levar o nosso produto para o mercado”, destacava a porta-voz do projeto “Intelligent food packaging”.
No final de cada apresentação, o painel de jurados fazia questão de apontar os pontos fracos e questionar os aspetos que não ficaram tão claros, fornecendo alguns conselhos para as etapas que seguem. Em jeito de balanço e a encerrar a sessão, o júri felicitou as equipas pelas ideias e por todo o trabalho executado ao longo do programa, salientando-se a importância de aprimorar a “capacidade de venda da equipa tão importante no processo de cativar investimento”. As diferenças notórias entre a primeira apresentação e o pitch final também foram apontadas pelo leque de especialistas que compunham o júri, e a sensação de evolução foi também reiterada pelas equipas que dele usufruíram. Aprimoradas as estratégias, é agora hora de conquistar o mercado, aproveitando os contactos fornecidos pelo Lab2Market@Técnico.