Campus e Comunidade

Verão na ULisboa: 210 estudantes do ensino básico transformam o Técnico na sua Escola

A edição de 2023 das atividades de verão da Universidade de Lisboa, no Instituto Superior Técnico, arrancou na primeira semana de julho com mais de duas centenas de  participantes.

Vestem azul ciano, circulam em grupos e estão por todo o lado. 210 jovens com idades entre os 12 e os 15 anos vieram descobrir o que se faz no Técnico, na semana em que a Universidade de Lisboa (ULisboa) abriu as portas das suas 18 escolas aos estudantes do 3.º ciclo do ensino básico, através da iniciativa “Verão na Ulisboa”. Entre 3 e 7 de julho os campi Alameda e Taguspark foram a Escola deles.

Chegaram ao Técnico com diferentes motivações, desde decidir o que estudar no futuro a perceber melhor os mistérios da ciência. Ao segundo dia, até quem veio “obrigada pela mãe” como Madalena ou por sugestão da mesma, como Eliana, já gostava e admitia “está a ser giro”.

Se as experiências propostas pelo Núcleo de Estudantes de Física, no campus Alameda, eram “interessantes”, pela sua diversidade, como explicou João de 13 anos  – e até deram lugar a verdadeiros braços de ferro entre adolescentes e rodas de bicicleta causados pela lei da inércia – a “versatilidade” das ciências biomédicas não passou despercebida com “uma invenção para impedir ou curar o crescimento de um osso extra no crânio dos jovens”.

Construir videojogos estará ao alcance de todos: vê-se um tutorial, cria-se o jogo base e adicionam-se objetos ao mesmo (moedas, inimigos, baús prémios). Ultrapassados os níveis, jogo feito. Leonor e Francisco vieram ao campus Taguspark ver se seria mesmo assim. “Tinha curiosidade em vir conhecer o Técnico. Acho que os sistemas trabalhados aqui, como os videojogos e a codificação são do meu interesse”. Para Leonor esta foi “uma boa oportunidade para experimentar” e averiguar se se “adequa às tecnologias”. Com a mudança de ciclo à porta, ambos iniciam o ensino secundário em setembro, vir ao Técnico pode ajudar na indecisão quanto ao “curso a escolher”.

Do Verão na ULisboa fazem também parte os monitores. Muitos são repetentes, como Inês Pereira, estudante de Gestão e Engenharia Industrial no Técnico. Voltou pelo “envolvimento e troca de experiências entre monitores e participantes”. Considera que envergar a camisola cinzenta e liderar os pelotões mais jovens “é muito gratificante e desafiante”. Outros estiveram, em tempos, do lado de lá da barricada. Diogo Ralo, aluno de Engenharia Eletrónica, é disso exemplo: “já fui participante e sinto que ajuda muito a esclarecer ideias. Existem tantos cursos, tantas universidades, tantas áreas que se torna difícil escolher”.

A encerrar a passagem pela Escola, vários rockets, desenvolvidos na atividade dinamizada pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia Aeroespacial (AEROTEC) sobrevoaram a Alameda do Técnico a fazer lembrar os foguetes de fim de curso (Episódio 72 – A Cana dos Foguetes | 110 Histórias, 110 Objetos). Enquanto isso, no campus Taguspark, os diplomas eram entregues na presença das famílias, com fotografias de todos os grupos, para mais tarde recordar.

As despedidas ficaram a cargo de Rogério Colaço. Entre vivas aos monitores, o Presidente do Instituto Superior Técnico fez votos para que os aprendizes se encontrem “daqui a uns anos quando vierem estudar para o Técnico”.

Os perto de 210 participantes do Verão na ULisboa, que o Instituto Superior Técnico recebeu nesta primeira semana, puderam usufruir de atividades nas áreas de Empreendedorismo, Física, Arquitetura, passando pela engenharias Aeroespacial, Mecânica, Informática, entre outras. Na próxima semana, entre 10 e 14, os dois campi do Técnico recebem cerca de 230 estudantes do Ensino Secundário.