Depois de lançada aquela que será a grande aposta nacional da área da Pedra Natural, os parceiros em torno do StoneCITI reuniram-se na conferência “Connecting Stone Knowledge”, que decorreu na tarde da passada sexta-feira, 7 de fevereiro. Além de destacarem a importância e as potencialidades da Pedra Natural, os vários oradores que subiram a palco definiram como estratégia de ação principal: a cooperação permanente entre empresas e nações.
Perante uma plateia diversa que quase encheu o Auditório do Centro Cultural Olga Cadaval, James Hieb, CEO do Natural Stone Institute (NSI), o primeiro orador do painel, vincou esta necessidade de cooperação entre as várias empresas e atores do sector da pedra natural de todo o mundo. “Precisamos de contar uma história melhor”, começava por apontar, enumerando uma série de iniciativas e ideias que o seu instituto lidera e que podem ser decisivas para obter uma melhor colaboração e promoção das valências a explorar na pedra natural. A sustentabilidade e a prioridade que este tópico deve ter nas indústrias do setor foi também abordada pelo CEO do NSI. “A sustentabilidade é a coisa certa a fazer para a economia, para a indústria e em prol de um resultado positivo para todos”, vincou
Relativamente ao StoneCITI, James Hieb partilhou o seu orgulho por ver esta iniciativa concretizar-se, “ligando a tecnologia, a universidade, e incitando à colaboração entre todos”. “A colaboração é uma ferramenta poderosa”, frisou. Para James Hieb continuaremos a não contar a nossa história da melhor forma se continuarmos a individualizar estas questões. “Temos que nos unir e trabalhar juntos”, frisou. James Hieb terminaria a sua intervenção chamando a palco o professor Pedro Amaral para lhe entregar a distinção de membro honorário do NSI.
“Hoje é dia de celebrarmos a aproximação entre a indústria e as novas tecnologias”, começava por afirmar Célia Marques, diretora de Qualidade, Ambiente e Território da ASSIMAGRA (Associação Portuguesa dos Industriais dos Mármores, Granitos e Ramos Afins). Focando a sua apresentação nos vários projetos nacionais que incorporam processos colaborativos, Célia Marques vincava que “a reunião de várias entidades e empresas permite aumentar a eficiência e sustentabilidade económica e ambiental do setor”. Assumindo que muita coisa tem sido feita nos últimos anos nesta área, a diretora da associação referia que este “é um setor que temos uma necessidade permanente de inovar, de termos recursos humanos qualificados”. “Inovar, ser mais eficiente e mais tecnológico e tendo recursos humanos mais qualificados é muito importante, e depende desta ligação entre empresas”, salientou novamente. Aos estudantes presentes na audiência, Célia Marques deixou um apelo: “Liguem-se a nós, liguem-se também à Pedra Natural”.
O trabalho desenvolvido pelo Irish Manufacturing Research (IMR), assim como as características e capacidades do laboratório foram abordados por Seán Óg, representante do centro e outro dos oradores convidados. “O IMR foi criado para ajudar as PME e empresas multinacionais a proporcionar crescimento através de avanços tecnológicos. Fá-lo de uma forma agnóstica, não excluindo nem favorecendo nenhuma empresa ou área geográfica”, explicou. Ao longo da sua apresentação tornou-se claro o impacto alcançado.
A primeira parte da conferência seria encerrada por Agostinho da Silva, administrador do grupo CEI by ZIPOR, e cuja intervenção permitiu uma retrospetiva por aquilo que têm sido os últimos anos no setor das rochas em Portugal e o seu crescimento. O orador começou por explicar o seu entendimento acerca da Indústria 4.0, que no seu entender passa por “colocar todos os ativos a colaborar”. “A Indústria 4.0 permitiu a clientes e fornecedores poderem trabalhar de forma colaborativa, ajudou a ligar as fábricas ao mercado”, sublinhou Agostinho da Silva. Após elencar alguns dos projetos que foram sendo lançados tendo a ligação e inovação como focos, o orador daria a conhecer o novo Projeto Mobilizador InovMINERAL 4.0 que “pretende ligar fábricas para podermos ganhar escala”. Por fim, o administrador do grupo CEI partilharia alguns dos objetivos para os próximos anos: “queremos manter o nível de crescimento anual de exportações em 2 dígitos; manter o segundo lugar em valor acrescentado a nível nacional; criar condições de atração de quadros qualificados; aumentar o salário médio a fileira; e mobilizar o setor sob as técnicas e práticas mais eficientes”.